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Entre Onis, Hashiras e Emoções: o que Demon Slayer revela sobre nossas crenças

Como muitos sabem, sou uma fã de animes — quase uma otome sem perder a compostura.
Um dos meus favoritos é o Demon Slayer, e os arcos finais foram lançados em formato de filme em vez de série. E claro que eu fui assistir o arco do Castelo Infinito no cinema.
E fiquem tranquilos: sem spoilers por aqui!

Pessoa de costas observando o pôr do sol, metade do rosto em sombra e metade iluminado, com traços de energia dourada e azul representando o confronto entre vulnerabilidade e força interior.

Foi uma experiência intensa. Me senti aflita, ansiosa, com o coração acelerado. A trilha sonora e as cores vibrantes pareciam se mover no mesmo ritmo dos golpes e emoções.
Uma animação impecável — não esperava menos de uma produção que leva o selo da Sony.

Durante o filme, não consegui chorar.
Mas, quando cheguei em casa e comecei a falar sobre o que senti, as lágrimas vieram com tudo.
Era como se as emoções que ficaram presas durante a sessão finalmente encontrassem um caminho.
Quem vive de dentro, sente mais fundo.

Mas, voltando ao tema: o que Demon Slayer tem a ver com crenças centrais?

Mais do que parece. Não falo apenas dos hashira e de sua força, mas também dos onis — personagens que, antes de virarem monstros, foram humanos. E sempre que um oni é derrotado, o anime revela sua história: as dores, as perdas e o que o levou à escuridão.
No filme, isso fica ainda mais evidente na história de Akaza — e também no arco de dedicação e superação de Zenitsu.

Post sobre Crenças Centrais utilizando Zenitsu em sua nova forma no filme Castelo Infinito de Demon Slayer.

Akaza carrega uma crença profunda de “não ser suficiente”.
Ele passou a vida tentando provar seu valor pela força, compensando a dor de nunca ter se sentido digno de amor.
Zenitsu, por outro lado, vive a luta interna entre o medo e a coragem. Sua crença parece dizer: “só serei digno se vencer o medo”.
Ambos reagem a partir das histórias que acreditam sobre si mesmos — como todos nós fazemos.

Post sobre Crenças Centrais utilizando Akaza no momento da batalha com tanjiro no filme Castelo Infinito de Demon Slayer.

Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), chamamos essas narrativas inconscientes de crenças centrais: ideias profundas que se formam na infância e moldam como enxergamos o mundo, os outros e nós mesmos. Elas funcionam como lentes invisíveis — filtram o que percebemos e influenciam o que sentimos.

Essas crenças, quando rígidas, podem se transformar em armadilhas emocionais.
Algumas muito comuns são:

  • “Se eu errar, vão deixar de gostar de mim.”

  • “Preciso dar conta de tudo para ser valorizado.”

  • “Ninguém vai me entender de verdade.”

Elas sabotam relacionamentos, criam medo de se abrir, geram culpa ao descansar e nos mantêm presos em padrões de autossacrifício.

O primeiro passo é perceber:
essas frases não são verdades, são histórias antigas.
E histórias podem ser reescritas. Quando olhamos para elas com consciência — e não com julgamento — começamos a nos libertar. Assim como os personagens do anime, nós também carregamos feridas que tentamos esconder.

Mas é justamente ao encarar essas sombras que encontramos o caminho de volta à luz.

🌀 Escolha uma crença sua e anote um momento em que você conseguiu agir diferente dela.
Você pode descobrir que já tem mais força do que imagina.

Te vejo no próximo post.

💖