Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.
As vezes a gente só precisa de um lugar para uma boa conversa e reflexões pertinentes.
Sacudindo a poeira: recomeços, autocuidado e escuta de si
Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.
Nº IV - Entre Sessões e Silêncios: Entre uma Neosa e uma verdade difícil
Sobrecarga foi o tema conversado, e as consequências disso. Seria de trabalho? De decisões tomadas? De tentativas constante de manter tudo sob controle? Ou até de todas as opções anteriores.
E ela decidiu: vai agarrá-las pelas barbas.
A arte de se adaptar: Como a Inteligência Emocional nos ajuda a lidar com o inesperado
Por que resistimos às mudanças?
Diante da incerteza, nossa mente nos leva a resistir e até resistir. Queremos segurança, previsibilidade, amparo, um terreno sólido sob os pés. Afinal, o desconhecido assusta. Mas a verdade é que a vida não se curva a nossas vontade e necessidade de controle. Quanto mais tentamos lutar contra o fluxo das mudanças, mais nos desgastamos. Aprender a fluir nas ondas das emoções pode trazer resultados mais duradouros e assertivos.
A inteligência emocional como chave da adaptação
Inteligência emocional não significa evitar emoções difíceis, mas saber interpretá-las e usá-las a nosso favor. Quando algo foge do nosso controle, podemos reagir com frustração e medo ou podemos enxergar a situação como uma oportunidade de aprendizado. Quando aprendemos que a rigidez leva à ruptura, enquanto a flexibilidade permite o crescimento, compreendemos sobre nosso processo de amadurecimento.
Cada mudança inesperada é um convite para olhar para dentro. Nos oferece a oportunidade de se questionar - O que essa situação tem a me ensinar? De que forma posso me reinventar sem perder minha essência? - Essas perguntas transformam desafios em possibilidades, permitindo que enxerguemos além do problema imediato.
Adaptar-se é evoluir
Adaptar-se não é ceder, não é desistir, é compreender que a rigidez quebra, mas a fluidez transforma. Assim como a água contorna obstáculos sem perder sua natureza, precisamos aprender a flexibilizar nossas certezas para não nos tornarmos prisioneiros delas.
No fim das contas, não é a vida que precisa se moldar a nós, mas nós que precisamos aprender a dançar ao ritmo dela. A capacidade de adaptação é a ponte entre o sofrimento e a evolução. E quanto mais cedo compreendermos isso, mais leves e resilientes nos tornamos.
Nº II - Entre Sessões e Silêncios: Naquela quinta, ela tinha Terapia.
Nº II
A quinta-feira amanheceu nublada. Pela manhã, tempestades marcaram presença: algumas pessoas reclamavam por terem se molhado, enquanto outras agradeciam pela chuva. O trânsito estava mais lento, e, mesmo com o céu cinza, o calor nos lembrava que era apenas mais uma típica chuva de verão. À tarde, o sol apareceu, iluminando o dia com sua cor e luz, trazendo consigo um céu limpo e um azul vibrante. O clima renovou a energia das ruas: mais pessoas circulando, mais barulho, mais vida. Assim passou a quinta-feira, com suas Quintanices.
Naquela quinta, ela tinha terapia. Organizou seu dia, seguiu a rotina matinal, lavou roupas, reparou as demandas a serem faladas e decidiu levar um bolo para compartilhar na sessão. Ao chegar, seguiu o ritual de sempre: pegou um copo d’água, entregou o bolo, e, com tudo preparado, começou a conversa. Entre tantos pontos levantados, havia um que a inquietava há anos.
Refletiu profundamente sobre a origem daquela questão. Seria algo errado com ela ou do ambiente em que vivia, o que ela precisava aprender com aquilo. Difícil chegar em uma conclusão quando envolve algo antigo. E ainda sim, havia disponibilidade. Insistiu. Sentiu uma aperto no coração. E, finalmente, disse o que precisava. Mais do que isso, ouviu o que precisava. Foi como arrancar um curativo de uma ferida já cicatrizada, mas que ainda era tratada como aberta e grave.
Se sentiu aliviada, com a sensação de que uma janela havia sido fechada e uma nova porta se abriu — um novo caminho, um novo aprendizado. Foi difícil fechar a janela, ela que sempre foi um ponto de vista e um direcionamento, o apego era muito forte e o medo de abrir a porta maior ainda. Foi necessário fazer o que precisava ser feito, mesmo que ela não gostasse. E depois foi ela quem mais gostou dos resultados que vieram.
Naquele dia, entendeu que o orgulho a fazia carregar responsabilidades e lutar batalhas que não eram suas. Compreendeu que, em algumas situações e com certas pessoas, o melhor é apenas aceitar. A mudança, afinal, não depende dela, mas exclusivamente do outro. Naquela quinta-feira, ela foi à terapia. Naquela quinta-feira, ela aprendeu sobre aceitação. Ela aprendeu mais um pouco sobre si.
Um mundo fora do virtual, o Nosedive disfarçado
Nos últimos dias, tomei a decisão de reduzir ainda mais o tempo nas redes sociais. Esse pequeno ajuste me permitiu redirecionar a atenção para as atividades cotidianas e os pequenos detalhes que as acompanham. Com o passar do tempo, percebi mudanças significativas: minha ansiedade se tornou mais consciente, a desatenção começou a diminuir e minha percepção dos fatos ao redor se tornou mais aguçada.
O Efeito das Redes Sociais em Adultos
Embora os impactos negativos do uso excessivo de telas em crianças sejam amplamente discutidos, pouco se fala sobre os efeitos das redes sociais na saúde mental dos adultos. O uso prolongado influencia a rotina, os relacionamentos e até mesmo a interação social, muitas vezes nos colocando em uma posição de isolamento.
Esse isolamento não é apenas físico, mas também emocional. Ele nos leva a buscar incessantemente atenção, pertencimento e afeto no pequeno quadrado luminoso que carrega uma oferta infinita de dopamina. Essa armadilha digital nos impede de vivenciar plenamente a vida real, afastando-nos de interações genuínas e nos deixando vulneráveis a sentimentos de solidão e ansiedade.
Como Diminuir o Tempo nas Redes Sociais
Reduzir o tempo nas redes sociais é um passo essencial para reconectar-se com o momento presente e preservar a saúde mental. Aqui estão algumas práticas simples que podem ajudar:
- Estabeleça limites de uso: Utilize aplicativos de controle de tempo ou configure horários específicos para acessar redes sociais, alguns possuem essa possibilidade dentro deles mesmos.
- Crie momentos offline: Invista em hobbies, atividades ao ar livre ou até mesmo em momentos de pausa sem dispositivos.
- Exercite a atenção plena: Práticas como meditação, respiração consciente e registro de gratidão podem ajudar a focar no agora.
- Cultive conexões reais: Dedique tempo de qualidade a conversas presenciais, encontros com amigos e atividades em família.
Os Benefícios de Estar no Momento Presente
A vida real oferece sensações e experiências que não podem ser replicadas digitalmente. Ao reduzir o tempo nas redes sociais, você pode:
- Redescobrir habilidades e talentos.
- Melhorar a percepção do ambiente ao seu redor.
- Fortalecer relacionamentos e conexões humanas genuínas.
Embora falar sobre os benefícios do momento presente seja comum, é crucial discutir como podemos nos manter nele. Esse desafio envolve escolhas diárias que podem transformar não apenas nossa percepção, mas também a forma como vivemos.
Reconectar-se com a vida real não significa abandonar a tecnologia, mas aprender a equilibrá-la. Como o episódio “Nosedive” de Black Mirror alerta, precisamos evitar que nossas vidas sejam regidas pela necessidade de aprovação virtual e cultivar a riqueza das experiências. É um convite para vivenciar plenamente o presente, cultivar interações significativas e redescobrir o que nos faz verdadeiramente humanos.
Como você pode cultivar mais momentos presentes em sua rotina hoje?
Tomaram minha filha do meu colo, e agora?” — O que é respeitar uma criança?
Em tempos em que repensamos o impacto do nosso comportamento e da mídia na infância, é urgente refletir: onde começa o desrespeito com a criança? Muitas vezes, ele é cultural, tão comum que passa despercebido. E me pergunto: será que a aceitação de relações tóxicas na vida adulta tem raízes em uma educação desrespeitosa?
Desde bebês, aprendemos regras sociais e comportamentos esperados. Meninos e meninas sentem o peso dos padrões impostos — como o ideal de masculinidade ou a cobrança sobre como uma menina deve se portar. Muitas vezes somos ensinados a calar sentimentos, a obedecer sem questionar, a “aceitar” porque é da família ou porque é mais velho.
Quem nunca ouviu na infância: “Isso é assunto de adulto”, “Você não entende ainda”? Essas frases, por mais comuns que pareçam, reforçam uma educação que invalida a criança como sujeito.
Quando lemos os Direitos das Crianças e Adolescentes, nos deparamos com itens básicos: alimentação, higiene, saúde... Coisas óbvias, mas que só estão ali porque ainda são negligenciadas. E o respeito também está entre esses direitos.
Muitas vezes, repetimos padrões sem perceber. Agimos no automático, porque foi assim conosco. E não estamos falando de permissividade, mas de respeito real: escutar, observar, validar, ensinar com empatia.
Sim, sei que esse é um tema polêmico. Ainda há quem defenda uma criação baseada no medo ou na obediência cega. Mas educar com respeito não é abrir mão dos limites. Pelo contrário: é justamente colocá-los de forma mais consciente.
Então... tomaram minha filha do meu colo. E agora?
Minha resposta pode parecer simples: tenha bom senso.
Observe o contexto:
-
Quem foi a pessoa?
-
A criança se sentiu segura ou desconfortável?
-
Foi algo pontual e carinhoso ou uma imposição desnecessária?
Se houve desconforto, pontue. Se necessário, converse com calma com quem agiu. E mais importante: converse com seu filho. Mostre que ele tem voz. Que pode (e deve) ser respeitado desde cedo.
Mas então, posso deixar meu filho fazer tudo o que quer?
Claro que não. Respeitar uma criança não significa ausência de limites. Rotinas como escovar os dentes, tomar banho, se alimentar bem são inegociáveis. Mas se ela não quiser cumprimentar alguém, não quiser sair do seu colo ou preferir não conversar, está tudo bem. São escolhas sobre o próprio corpo e espaço.
Esse tema sempre gera reflexões profundas na terapia. O respeito que oferecemos hoje às crianças molda o tipo de amor e aceitação que elas vão esperar (e permitir) no futuro.
Você gostaria de ser tratado da mesma forma que trata uma criança?
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
A vida como ela é (reflexão após assistir Soul)
Várias mudanças e evoluções surgem no nosso dia a dia — na tecnologia, nos conceitos sociais, nas tendências de moda, cores e estampas. Pequenas transformações que, se olharmos com atenção, causam impactos significativos.
Uma mudança que me chamou atenção — principalmente depois que a maternidade chegou — foi como os filmes infantis mudaram de temática. Hoje, vemos histórias que resgatam valores profundos e fazem nós, pais, refletirmos também. Entre vários lançamentos recentes, o que mais me marcou foi o filme Soul, da Disney Pixar.
Uma animação com trilha sonora envolvente, efeitos visuais delicados e uma narrativa sensível que nos convida a pensar:
Qual é o verdadeiro sentido da vida? Qual é a nossa missão?
Depois que assisti, senti que estava me perdendo na rotina e me esquecendo do essencial: ser grata e apreciar as pequenas coisas.
Como ouvir uma boa música com fone, brincar com minha filha após um dia corrido, sentir o aroma da comida no fogão... Coisas simples, mas que preenchem nossa alma.
E não era só isso — eu também havia parado de reconhecer minhas próprias transformações. As conquistas pessoais e profissionais, os processos de amadurecimento e superação.
É comum ouvirmos frases como:
— “Ah, mas quando não tem filhos é fácil.”
— “Quando não é casado, é tranquilo.”
— “Quando tem dinheiro sobrando até eu!”
Mas, será?
As crianças — até uma certa idade — se divertem com uma tampinha, uma chave ou um papel colorido. São os adultos que ensinam que a felicidade está no ter, e não no ser. Imersos nas cobranças e na rotina, acabamos esquecendo de olhar com atenção para o presente e para a família que construímos.
E me peguei pensando:
A criança que eu fui teria orgulho do adulto que me tornei?
Essas mudanças sutis em filmes como Soul me tocaram profundamente. Há uma cena em que a alma 22 aprecia algo comum, corriqueiro. E ali percebi que eu também havia parado de me permitir ver a beleza nas pequenas experiências do dia a dia.
A transitoriedade é inevitável. E como diz o paradoxo da dicotomia, o que realmente importa é o caminho.
A vida acontece agora.
Até a próxima.
Te vejo na terapia. 💋
Educação Financeira e Terapia Cognitiva: o que elas têm em comum?
Quando pensamos em dinheiro, educação financeira e mentalidade financeira, logo nos vêm à mente números, contas e planilhas. Muitas vezes, nem sabemos por onde começar. E menos ainda pensamos onde a psicologia pode ajudar com esse tema, que costuma causar tanto desconforto.
A educação financeira na infância e adolescência é fundamental para formar uma base sólida em direção a uma vida financeira saudável. E a aplicação da Terapia Cognitiva nesse processo pode ser um diferencial importante. Essa combinação pode ajudar tanto o adolescente quanto os pais a lidarem com dinheiro de forma mais consciente e tranquila. Vamos aos pontos:
1. Educação financeira na infância e adolescência: um investimento valioso
Ensinar sobre poupança, orçamento e investimento desde cedo ajuda a capacitar as novas gerações a tomarem decisões conscientes sobre dinheiro. Isso evita erros recorrentes e promove autonomia financeira no futuro.
2. Terapia Cognitiva: transformando atitudes em relação ao dinheiro
A Terapia Cognitiva busca reestruturar padrões de pensamento. Quando aplicada à educação financeira, ajuda a substituir crenças disfuncionais sobre dinheiro por pensamentos mais realistas e saudáveis. Assim, os jovens passam a encarar o dinheiro com menos medo e mais equilíbrio.
3. Benefícios da abordagem integrada
Unir psicologia e educação financeira permite entender melhor os pensamentos e emoções que envolvem o uso do dinheiro. Essa integração reduz o estresse financeiro e aumenta a confiança na hora de lidar com escolhas econômicas.
4. Tomada de decisão informada
Com apoio terapêutico, o adolescente desenvolve habilidades para analisar prós e contras antes de tomar decisões financeiras. Isso contribui para atitudes mais conscientes e responsáveis com o próprio dinheiro.
5. Preparando para o futuro
Ao integrar a Terapia Cognitiva com a educação financeira, preparamos os jovens para enfrentar desafios reais da vida adulta. Eles aprendem a lidar com o estresse financeiro, a estabelecer metas e a reconhecer seus valores em relação ao dinheiro.
Educar financeiramente é mais do que ensinar a economizar: é trabalhar o emocional, a forma como lidamos com escolhas, frustrações e recompensas. Essa é uma forma inteligente e necessária de cuidar da saúde mental e da liberdade futura dos nossos jovens.
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
Oh Coração: um poema de despedida, saudade e amadurecimento
Esse é só mais um mergulho pelos mares da poesia e das rimas. Um texto escrito por mim em 24/07/2012 e repostado agora, com um novo olhar. Quantos anos, quanta coisa mudou. Relembrar esse desabafo é perceber como amadureci, como as dores antigas se tornaram aprendizado e lembrança.
Na época, eu vivia o luto do fim de um relacionamento longo. Estava com o coração machucado e sem saber como lidar com o que sentia. Hoje, olho para esse texto com carinho, e deixo aqui registrado esse trecho de uma fase tão intensa da minha vida:
"Oh, Coração, por que insistes em sofrer por alguém que só lhe machucou...?
Você vive distraído com outro amor, mas quando tens a oportunidade, se tortura com as ofensas que lhe foram feitas e com as lembranças de momentos eternos que tiveram fim.
Oh, Coração, por que me faz pensar de forma tão traiçoeira?
Quando começo a me sentir bem, você ressurge com sua ferida ainda recente, tentando fazê-la sangrar e reviver a dor...
Imploro aos céus que ajudem esse coração ferido,
Que ainda tenta esquecer as mágoas, mas insiste em revivê-las.
Oh, Coração, será que gostas de sentir tudo isso novamente?
Minha mente vaga no tempo, buscando brechas entre as memórias que me atacam,
Para não pensar, para não recordar um passado que não vale mais a pena.
Oh, Coração, só te peço uma folga.
Desabafe quando for preciso, mas não torture minha mente.
Tu até podes suportar esse sentimento,
Mas minha mente se desfaz quando atacada por tuas lembranças perfeitas —
De momentos sublimes de um amor que não deu certo, mas que insistes em manter vivo...
Razão, que guia minhas ações, me ajude a controlar esse coração desenfreado.
Esse coração que quer se entregar novamente,
Mas que insiste em manter, nem que seja uma faísca,
De uma paixão que quase não existe mais.
Razão, ajude esse coração a esquecer.
Ou pelo menos, a deixar de lembrar.
Ajude-o a se entregar como meu corpo deseja
E minha alma grita — desesperada de vontade.
Oh, Coração, por favor!
Te imploro: tenha piedade de minha alma desolada.
Tenha compaixão com minha mente.
E que sejas voraz quando enfim se entregar,
Para sentir o gosto sublime de pensar em si mesmo como um ser esplêndido."**
Sofrer por amor, por mais doloroso que seja, pode ser uma das experiências mais enriquecedoras da vida. Amar — e continuar capaz de amar, depois de tudo — é uma força linda de se ver.
E você? Já sofreu por amor alguma vez? Me conta nos comentários 🥰
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
Transitoriedade e Luto: aprendizados sobre perdas e recomeços
Transitoriedade e Luto: aprendizados sobre perdas e recomeços
Às vezes nos sentimos tristes, angustiados ou com aquele aperto no peito quando algo chega ao fim — seja um objeto material ou uma relação. Por exemplo, quando mudamos de emprego e sentimos falta do anterior, mesmo tendo feito uma boa escolha. Esses momentos também fazem parte do luto.
Na psicologia, o luto é considerado um processo, não um ponto fixo. Não há uma definição única que explique completamente esse estado emocional. Em várias das minhas leituras, especialmente dentro da abordagem Freudiana, um conceito que me marcou foi o da Transitoriedade. Para Freud, esse seria o ponto final do luto — quando conseguimos reconhecer que é possível e necessário nos abrirmos para novas experiências e afetos.
A transitoriedade está ligada à capacidade de contemplar e agradecer. Quando estamos em paz conosco, conseguimos olhar para o que passou com gratidão, sem culpa. E essa maturidade emocional transforma a dor da perda em um reconhecimento: foi bom enquanto durou.
Um exemplo claro seria a morte de alguém querido. Por mais dolorosa que seja, com o tempo e acolhimento, é possível lembrar dessa pessoa com carinho, focando nos aprendizados, nas risadas, nas experiências vividas. Isso é maturidade emocional — e também é acolhimento do processo de luto.
Mas não é fácil chegar nesse ponto. É um caminho que exige disponibilidade para refletir, aceitar e enfrentar. Muitas vezes, sentimos medo ao dar esses passos. E está tudo bem sentir medo. O importante é se permitir passar por esse enfrentamento com gentileza.
Com o tempo, entendi que a transitoriedade também carrega aquele ditado conhecido: “a gente só dá valor depois que perde”. É depois de viver um luto — de qualquer tipo — que percebemos como tudo é passageiro. E justamente por isso, precisamos valorizar o agora, amar mais, viver com mais intenção e ser gratos pelas pequenas coisas.
Mudanças fazem parte da vida. E os lutos, por mais dolorosos, também são portas para aprendizados e recomeços. 🌿
Até a próxima.
Te vejo na terapia. 💋💋
A Constância na Maternidade: Entre o Luto, a Ansiedade e o Recomeço
Depois que escolhi passar pelo processo da maternidade e de me reconhecer como uma nova mulher, uma coisa que mudou de forma radical — e que ainda estou elaborando — foi a minha constância. Sempre fui o tipo de pessoa que buscava manter a rotina em dia e as atividades em ordem de prioridade. Acredito que isso se relaciona com a minha necessidade de controle, que me fazia sentir mais confortável diante das situações. Lidar com essa mudança também trouxe sentimentos que se assemelham ao luto.
A rotina de um bebê é, em muitos momentos, regrada: horários para se alimentar, trocar fraldas, brincar, dormir... E ainda surgem novas demandas com o desenvolvimento, como vigiar riscos pela casa, objetos perigosos ou pequenos, e outras situações típicas de cada fase. Além disso, há os dias em que adoecem e querem apenas colo.
Conciliar a nossa rotina com a rotina do bebê exige abrir mão de algumas prioridades pessoais para atender às necessidades dele. Afinal, ele ainda não tem autonomia para fazer muitas coisas sozinho, como comer ou se vestir. Essa conciliação afeta diretamente a constância: mantemos disciplina com a rotina do bebê, mas esquecemos da nossa como mulheres.
E pensa… Para quem sempre teve uma rotina organizada, mudar as prioridades foi desafiador. A cobrança externa continua vindo, e com ela cresce também a autocobrança. Adaptar-se a isso virou um exercício contínuo de honestidade comigo mesma — e de enfrentamento da ansiedade.
Sim, enfrentamento de ansiedade. Quando entramos nesse ciclo, tendemos a evitar situações que a disparam. Podemos procrastinar ou até paralisar, e isso impacta todas as áreas da vida. E quando trazemos isso à consciência, vêm as perguntas: “Por que tenho que ser assim?” ou “Onde eu estava com a cabeça para agir assim?”.E o que mais acontece? Programo meu dia com base no anterior, mas minha filha acorda com uma nova demanda. Aí não consigo fazer o que planejei, me cobro, ouço cobranças, e vem a ansiedade. Me sinto frustrada por “falhar” no plano e, para não sentir isso de novo, evito repetir as tentativas. Cansaço e frustração somam forças. Acredito que muitos cuidadores diretos de bebês passem por isso.
Lidar com tudo isso é exaustivo. E há dias em que não damos conta — e tudo bem! Seja eu, ou qualquer outra mãe e pai passando por isso: tudo bem precisar parar e descansar. Somos humanos. Adaptar nossa constância à nova rotina é desafiador, mas não impossível. Gestão de tempo e produtividade também precisam de energia para acontecer.
Lembremos de dar o nosso melhor dentro da nossa realidade, usar nossos talentos a nosso favor e viver no presente. A vida é um presente. O passado é uma foto, e o futuro… a Deus pertence.
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
Criação, Disciplina Positiva e o impacto das nossas raízes na parentalidade
Hoje, enquanto organizava a sala, trouxe alguns livros antigos da casa dos meus pais. Livros que compraram há quase 20 anos. Quem lembra da Enciclopédia Barsa? Quando se comprava a coleção completa, vinham também outros volumes complementares — e um deles era sobre valores.
Ao limpar esses livros e colocá-los no lugar, fui tomada por uma onda de nostalgia. Lembrei com carinho da minha infância e percebi como, em muitos momentos, esses livros foram um refúgio. Me fizeram pensar sobre a criação que tive e o impacto silencioso que ela teve na minha vida.
Fiquei refletindo sobre a intenção dos meus pais ao adquirirem esses livros. Na época, foi um investimento alto, sem garantia de retorno. Mas hoje, vejo o quanto eles ampliaram minha visão de mundo e aguçaram minha curiosidade sobre as pessoas e a vida.
Lembrei também de como meu pai sempre foi um leitor assíduo. Incentivava a mim e meus irmãos a buscar conhecimento nos livros — porque, há 15 anos, a internet não era tão acessível. Celular era só para ligações, e ter um computador em casa era um privilégio.
Li uma frase recentemente que dizia:
“Nós não nos lembramos exatamente do que fizeram por nós, mas de como fizeram.”
Essa frase faz ainda mais sentido depois que me tornei mãe. Muitas das minhas memórias não estão nos “atos” dos meus pais, mas na forma como foram realizados — com carinho, com dureza, com presença ou ausência. E foi nesse “como” que minhas crenças e visões de mundo se formaram.
Dentro da Teoria da Disciplina Positiva, aprendemos que as crianças são seres sociais em formação constante. Estão sempre tomando decisões e criando crenças sobre si mesmas, sobre o mundo e sobre como se comportar para serem aceitas e prosperarem.
E como seres sociais, elas aprendem muito mais por observação do que por imposição. Seus comportamentos têm sempre um objetivo — e o primeiro é pertencer. Quando entendemos isso, começamos a nos perguntar:
“O que essa criança quer me dizer com esse comportamento?”
Erramos — e muito. Mas os erros não precisam ser vistos como fracassos. Podem ser ótimas oportunidades de aprendizado. Como plantar uma árvore: talvez não colhamos os frutos, mas nossos filhos — ou netos — sim. E isso vale também para nossos comportamentos como pais.
Muitos pais desejam que seus filhos cresçam responsáveis, honestos e respeitosos. Mas será que demonstram isso no dia a dia? Não adianta esperar que uma criança aprenda algo que ela não vê sendo praticado. Se queremos que uma semente cresça forte, precisamos cuidar dela — mesmo sem saber que planta ela será.
Com os filhos é assim. Não sabemos como serão — suas personalidades, preferências ou temperamentos —, mas sabemos que temos enorme influência sobre seu desenvolvimento. E, sim, pode parecer uma responsabilidade pesada. Mas, com autoconhecimento, aceitação dos próprios erros e busca por evolução, a parentalidade pode ser uma das experiências mais transformadoras da vida.
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
O Conto dos Dois Monges e a Mulher: aprendendo a soltar o que nos prende
Momentos assim são importantes: eles nos desafiam a sair da zona de conforto e nos convidam a exercitar valores como persistência, tolerância e resiliência.
Pensando nisso, me vem à mente um conto budista que sempre me faz refletir. É o conto dos Dois Monges e uma Mulher — e vale a leitura com carinho:
Dois monges, muito amigos, sempre cumpriam seus afazeres juntos. Seguiam com fidelidade os mandamentos da religião, e entre eles havia um que dizia: não tocar em mulheres.
Certo dia, atravessando a floresta para ir até o vilarejo comprar mantimentos, encontraram uma mulher prestes a se afogar ao tentar cruzar um rio.
Um dos monges disse:
– Não podemos ajudá-la. Fizemos o voto de não tocar em mulher nenhuma.
O outro respondeu:
– Também fizemos o voto de ajudar todas as pessoas e criaturas deste mundo, sem distinção.
Sem pensar duas vezes, ele pulou no rio, colocou a mulher nas costas e a levou até a outra margem.
Seguiram então o caminho em silêncio. O monge que ajudou estava sereno. O outro, carrancudo.
Horas depois, o que não ajudou desabafou:
– Você não deveria tê-la carregado! Isso foi um erro. Ela será um peso para sua caminhada...
E o outro respondeu, com calma:
– Eu deixei a mulher na margem do rio. Quem ainda a está carregando é você.
Esse conto me toca profundamente.
Quantas vezes na vida a gente carrega fardos que já poderiam ter sido deixados para trás?
Quantas vezes nos prendemos a obstáculos ou situações que já passaram — ou que nem partem diretamente de nós — e isso nos trava, nos desgasta, nos impede de avançar?
Nos apegamos ao orgulho, à mágoa, à culpa, e sem perceber alimentamos um mal-estar desnecessário. Isso se reflete em nossas relações, no trabalho, e até na saúde física e emocional.
Obstáculos existem, sim. Mas às vezes, a dor não está mais no fato em si — está na forma como a gente continua carregando ele.
🌿✨
Até a próxima.
Te vejo na terapia.
O Conto da Princesa Kaguya: uma reflexão sobre autenticidade e o valor da vida
Uma história linda, que nos faz pensar em muitas coisas... A vontade de viver a vida com amor, valorizando a natureza, as pessoas e suas qualidades, os animais, as plantas, as estações do ano — tudo com autenticidade. E de viver sendo amada da forma mais pura e sublime, sem interesses, sem mentiras. Simples como uma flor que nasce no pasto: inocente.
Essa foi minha experiência assistindo ao filme O Conto da Princesa Kaguya, de Isao Takahata.
Indicado ao Oscar de 2015 como Melhor Longa-Metragem, é uma produção do Studio Ghibli — um dos meus favoritos não só pela qualidade visual, mas pelas lições que os roteiros nos oferecem de forma delicada e profunda.
Quando vi a história, me identifiquei demais. Percebi que um dos meus maiores desejos — e acredito que seja o de muitas pessoas — é poder viver com liberdade para ser quem sou, valorizando cada pequeno milagre do dia a dia. Amar e ser amada, sem temer a incerteza. Fazer parte da dádiva da vida com consciência de que cada momento é único e precioso.
Senti vontade de sair por aí dizendo às pessoas que amo o quanto sou grata por elas existirem, por cuidarem de mim e me aceitarem. Vontade de mostrar como a vida é bonita. E de reforçar que felicidade não precisa de riqueza, mas de presença.
Mas sabemos que nem sempre podemos ser assim tão livres — o mundo julga, silencia, limita. Como Kaguya, também somos muitas vezes empurradas para formas e papéis que não escolhemos. Vivemos em um contexto onde o que temos parece valer mais do que o que somos. E o Ser vai sendo engolido pelo Ter...
No entanto, acredito nas novas gerações. Acredito que a geração da minha filha e as que vieram pouco antes dela vão nos ajudar a resgatar valores esquecidos. A brincar de novo, a viver com mais leveza e verdade, a enxergar a beleza das pequenas coisas.
Filmes como esse me fazem pensar: que tipo de futuro quero para minha filha? Estou sendo para ela um lugar seguro ou um lugar de medo? Estou ajudando-a a florescer ou apenas a se encaixar?
Reflexões assim são potentes e transformadoras — e ótimos assuntos para levar para a terapia.
✨ Até a próxima.
Te vejo na terapia. 💋
Sobre amor, escolhas e relações verdadeiras: reflexões com Clarice Falcão
Esses dias, mexendo nas minhas playlists do Spotify, percebi como meu gosto musical é eclético e varia bastante de acordo com meu humor e estado de espírito. Rolando a tela para ver músicas de playlists antigas, encontrei uma canção que me transportou diretamente para a adolescência, quando a gente começa a descobrir o universo dos relacionamentos e seus altos e baixos. A música é “De todos os loucos do mundo eu quis você”, da Clarice Falcão.
Ela me fez pensar em como é curioso nosso coração — e como é difícil controlá-lo. Quando ele escolhe alguém, simplesmente escolhe. E não é só o coração: nosso corpo também sente, no toque, no cheiro, no olhar, na conversa, na energia. Mesmo que a razão tente nos alertar sobre as consequências, quando sentimos que é real, vamos com tudo — cada um à sua maneira, com sua intensidade e subjetividade.
Mas essa música não fala só sobre “eu te escolher”, e sim também sobre “você me escolher”. Relacionamentos são vias de mão dupla. São feitos de entrega, escuta e troca. Todos erramos, todos tentamos acertar, e por mais clichê que pareça, o ditado ainda é verdadeiro: “quando um não quer, dois não brigam”.
Vivemos tempos líquidos, como já dizia Bauman. Os relacionamentos estão cada vez mais frágeis, moldados por ganhos e perdas imediatas. Intimidade e convivência passaram a ser vistas como difíceis demais. Criamos relações de bolso: simples, rápidas, descartáveis. Mas relacionamento verdadeiro é o “eu e você” construindo um “nós”.
Amar, hoje em dia, pode ser tão assustador quanto qualquer outra incerteza. Porque, mesmo com anos ao lado de alguém, nunca temos certeza de tudo — e tudo bem. Estar em um relacionamento é estar disposto a conviver com dúvidas, aprendizados e reconstruções constantes.
O fracasso de muitos relacionamentos está, quase sempre, na comunicação. A dificuldade em assumir responsabilidades, a resistência em pedir ajuda, o medo de parecer frágil... Tudo isso vai criando barreiras. Talvez, se conseguíssemos conversar mais, com mais honestidade e empatia, as convivências fossem mais leves e duradouras.
Nem sempre é possível continuar. Às vezes, a ruptura é o melhor caminho para preservar a saúde emocional. E tudo bem também. Mas é importante reconhecer que, sim, existem relações possíveis, maduras, respeitosas — que exigem esforço, mas que também valem a pena.
Terapia ajuda muito a compreender tudo isso. Eu que o diga!
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
Raiva que te quero bem
O acolhimento e o reconhecimento da raiva são aspectos essenciais para a saúde emocional e mental. Vamos conversar um pouco sobre a importância de entender e lidar com a raiva de forma saudável, destacando os benefícios que essa prática pode trazer para o bem-estar geral.
Por que é importante acolher e reconhecer a raiva? A raiva é uma emoção natural e inevitável que todos experimentamos em algum momento na vida. No entanto, muitas pessoas tendem a reprimir ou ignorar essa emoção devido a preconceitos sociais, medo de confronto ou medo do julgamento. Isso pode levar a consequências negativas para a saúde mental, como estresse crônico, ansiedade e problemas nos relacionamentos. Ao acolher e reconhecer a raiva, permitimos a nós mesmos sentir e expressar essa emoção de maneira saudável, o que pode levar a uma melhor compreensão de nós mesmos e dos outros.
Benefícios do acolhimento da raiva:- Autoconhecimento: Reconhecer a raiva pode oferecer insights valiosos sobre nossos sentimentos, necessidades e limites pessoais, nos ajudando a desenvolver uma maior consciência emocional e a tomar decisões mais conscientes em nossas vidas.
- Redução do estresse: Suprimir a raiva pode levar ao acúmulo de estresse e tensão emocional. Ao permitir-se sentir e expressar a raiva de maneira saudável, podemos liberar essa energia negativa e reduzir os níveis de estresse em nosso corpo e mente.
- Melhoria dos relacionamentos: A raiva reprimida pode causar ressentimento e conflito nos relacionamentos. Ao comunicar nossas preocupações e limites de maneira assertiva, podemos promover uma comunicação mais aberta e construtiva com os outros, fortalecendo os laços interpessoais.
- Empoderamento pessoal: Lidar com a raiva de forma construtiva nos dá um senso de controle sobre nossas emoções e comportamentos. Isso nos permite enfrentar desafios de maneira mais eficaz e tomar medidas para proteger nosso bem-estar emocional e saúde mental.
- Crescimento emocional: Enfrentar e superar a raiva pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal e o desenvolvimento emocional, pois ao aprender a lidar com a raiva de maneira saudável, podemos fortalecer nossa resiliência emocional e cultivar relacionamentos mais gratificantes e satisfatórios.
- Reconheça e valide seus sentimentos de raiva, sem julgamento.
- Encontre maneiras saudáveis de expressar a raiva, como conversar com um amigo de confiança, praticar exercícios físicos ou escrever em um diário.
- Desenvolva habilidades de comunicação assertiva para expressar suas preocupações e limites de maneira clara e respeitosa.
- Pratique a auto-compaixão e o perdão, tanto para si mesmo quanto para os outros, como parte do processo de acolhimento da raiva.
Nem sempre é fácil, e muito menos simples, mas jamais será impossível.
A Empatia como Parte do Desenvolvimento Cognitivo: Cultivando a Habilidade de Compreender o Outro
- Por volta dos 4 anos, as crianças começam a desenvolver a chamada "teoria da mente" — a capacidade de compreender que outras pessoas têm pensamentos, sentimentos e crenças diferentes dos seus. Isso é essencial para a empatia, pois permite que a criança perceba que os outros podem ter perspectivas diferentes e emoções únicas.
- O desenvolvimento da linguagem desempenha um papel crucial na expressão e compreensão das emoções. À medida que as crianças adquirem vocabulário emocional e aprendem a nomear seus próprios sentimentos, tornam-se mais capazes de se conectar emocionalmente com os outros.
- A empatia também é influenciada pelas experiências pessoais da criança. Elas aprendem a se relacionar com os outros com base nas relações que têm em casa, na escola e na comunidade. Modelos de empatia em suas vidas têm um impacto significativo.
- Melhor resolução de conflitos, ensinando crianças a entender e lidar com as emoções dos outros.
- Habilidades de comunicação mais eficazes, permitindo que as crianças expressem suas próprias emoções de maneira saudável.
- Habilidades sociais aprimoradas, ajudando-as a construir relacionamentos mais fortes.
- Um senso de responsabilidade social, incentivando-as a agir de maneira ética e compassiva.
O Papel Vital da Educação Financeira
A jornada para uma vida financeira saudável e equilibrada tem suas raízes na infância e adolescência, período crucial em que os fundamentos da educação financeira são absorvidos e moldados. Assim como qualquer habilidade valiosa, a compreensão de como lidar com o dinheiro deve ser ensinada, cultivada e nutrida desde cedo. A terapia cognitiva desempenha um papel crucial nesse processo, uma vez que ajuda a formar uma mentalidade positiva em relação às finanças desde os primeiros estágios da vida.
A terapia cognitiva, uma abordagem psicológica focada na identificação e transformação de padrões de pensamento negativos ou disfuncionais, pode ser aplicada de maneira eficaz à educação financeira. Ela nos lembra que as crenças e atitudes em relação ao dinheiro são influenciadas por fatores emocionais e cognitivos, muitos dos quais são formados durante a infância e adolescência. Portanto, é vital aproveitar esses momentos para instilar valores financeiros positivos e uma compreensão sólida dos princípios financeiros.
Ao incorporar a educação financeira na vida diária das crianças e adolescentes, estamos capacitando-os a entender a importância da poupança, orçamento e investimento. Através da terapia cognitiva, podemos ajudá-los a reestruturar pensamentos negativos sobre dinheiro, substituindo-os por pensamentos construtivos e realistas. Por exemplo, ao invés de ver o dinheiro como algo a ser gasto impulsivamente, eles podem aprender a enxergá-lo como uma ferramenta para atingir metas e garantir segurança financeira a longo prazo.

Além disso, a terapia cognitiva pode auxiliar na gestão do estresse relacionado ao dinheiro. Muitas vezes, questões financeiras são fontes significativas de ansiedade. Ensinar crianças e adolescentes a reconhecer e lidar com esses sentimentos negativos de maneira saudável é essencial para evitar problemas emocionais mais sérios no futuro.
A abordagem da terapia cognitiva na educação financeira também se estende ao desenvolvimento de habilidades de tomada de decisão. Crianças e adolescentes podem aprender a avaliar os custos e benefícios de suas escolhas financeiras, refletindo sobre as consequências de curto e longo prazo. Ao compreenderem como suas decisões podem impactar seus objetivos futuros, eles estarão mais preparados para fazer escolhas financeiramente responsáveis.
