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Transitoriedade



As vezes nos sentimos tristes e um pouco angustiados quando acaba algo, seja material seja no campo dos relacionamentos. Por exemplo, quando mudamos de emprego e no período de adaptação no outro sentimos a falta do emprego anterior, bate aquela sensação chata, sem explicação. Momentos assim também de enquadram no Luto.

Luto, para a psicologia é um incógnita, não há uma explicação concreta que explique tal fato, tanto que se fala processo de luto... Em várias das minhas incursões pelos conhecimentos Freudianos vejo mais e mais coisas, uma delas hoje foi a Transitoriedade, segundo Freud (em minha visão) é a parte final do luto, quando tomamos consciência que podemos e precisamos no apaixonar, procurar novos prazeres quando perdemos algo ou alguém que era o objeto disso. 



Penso que está muito ligado com a nossa capacidade de contemplação, pois quando sabemos contemplar e ser gratos com nossa saúde, ego, amor, quando estamos em paz de espírito, conseguimos ver o quando foi bom enquanto durou sem se sentir culpado. São poucos que conseguem desenvolver a maturidade suficiente para compreender essa visão e agir conforme tal. 

A transitoriedade passa a ser vista de forma mais suave e necessária, como por exemplo, um casamento que a morte os separou, saber pensar nessa separação como algo que era pra acontecer que agora é hora de começar de novo, de uma nova forma com um outro alguém ou então consigo mesmo. Passar a se lembrar do outro de forma grata, lembrando nos ensinamentos que teve das lições que deu, dos momentos de risos, e isso não doí, se torna uma lembrança boa e consciência de que passou e você é grato por ter aproveitado da melhor forma.

Não é impossível aprender a pensar dessa maneira, mas requer disponibilidade de quem deseja aprender. Disponibilidade em se abrir para compreender, aceitar aquilo que não tem controle e fazer o que precisa ser feito mesmo que não seja aquilo que goste. Vivenciar isso pode gerar até um certo medo, ele faz parte do enfrentamento.

No decorrer de minhas vivências percebi que a transitoriedade é sinônimo do dito -"precisa perder pra dar valor"- porque é depois de um luto (seja qual for), que passamos a ter consciência que tudo passa e que temos que aproveitar cada segundo. Preocupar-se menos com bens materiais, amar mais a si mesmo de forma justa, amar a natureza e acima de tudo ser grato.

Algumas mudanças estão acontecendo e não há como fugir do processo de luto. Faz parte e são por meio deles que aprendemos lições valiosas sobre resiliência e orientações positivas para o futuro.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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