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Uma crônica de Segunda


É segunda feira a tarde, estava quente como de costume. Resolvi conhecer uma cafeteria nova que abriu na cidade. Uma decoração moderna, com pontos literários como referência e um aroma típico de café.
Estava vazia, somente eu e os funcionários do local, pedi um chocolate quente e um pão na chapa - sou uma mineira pela metade, não tomo café -. Na prateleira estavam livros e dentre eles todos os contos e crônicas de Clarice Lispector, além de outras, mas essas em questão me chamaram a atenção. 

Pedi ao balconista se eu podia ler enquanto comia e apreciava minha bebida, ele me permitiu e escolhi os contos de Clarice. O triunfo - era o título do conto que escolhi ler -, pra falar a verdade era o primeiro do livro e fiquei com ele mesmo. Era mais um conto sobre um casal que já não se suportava mais, com excesso de dependência emocional e como a protagonista lidou com o fim. - Interessante- Pensei quando terminei de ler. A escrita de Clarice, na minha opinião, sempre traz algum gatilho que no leva a pensar sobre alguma situação que passamos ou estamos passando.

Quando terminei a leitura, parei. Respirei fundo. Senti uma tranquilidade mental e uma disposição emocional considerável. Pensei em quantas vezes deixei de fazer algo do tipo, jogando a culpa na maternidade, nas tarefas de casa, no casamento, em qualquer coisa que viesse na mente. Sei lá porque... Medo? Preguiça? Insegurança? A ideia de que não mereço? Vai saber. Quantas vezes deixei de conectar comigo mesma e admirar. De passar um tempo de qualidade, que para mim é algo muito importante. 

Ouvi a conversa dos funcionários, estavam usando técnicas com os tipos de café e analisando os resultados. Os aromas que vinham e sabores. Foi divertido observar esse movimento humanos. Descobertas de sensações. Me fez me conectar comigo mesma, sacodir a poeira que se acumulou, olhar para o que surge e começar de novo. Logo pensei - Eu precisava disso! -.



Uma amostra de uma ideia em construção. 

Grata por ler !

💋💋 

A Empatia como Parte do Desenvolvimento Cognitivo: Cultivando a Habilidade de Compreender o Outro

O desenvolvimento cognitivo de uma criança é uma jornada fascinante e complexa, moldando a maneira como elas pensam, resolvem problemas e interagem com o mundo ao seu redor. Dentro desse processo de crescimento, a empatia aparece como uma habilidade fundamental que desempenha um importante papel na formação de relacionamentos saudáveis e na construção de uma sociedade mais compassiva e inclusiva.

O que é Empatia?

Empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos e perspectivas emocionais de outra pessoa. Um pouco diferente da simpatia, que envolve apenas sentir pena ou compaixão pelas emoções de alguém. A empatia permite que as crianças se coloquem no lugar dos outros, entendendo como eles se sentem e respondendo de maneira apropriada.



Desenvolvimento Cognitivo e Empatia

A empatia não é inata, ela se desenvolve ao longo do tempo e está interligada com o crescimento cognitivo da criança. À medida que as habilidades cognitivas se expandem, a criança se torna mais capaz de entender as complexidades das emoções humanas. Vejam como a empatia vai se desenvolvendo e aparecendo durante o desenvolvimento cognitivo:

  • Por volta dos 4 anos, as crianças começam a desenvolver a chamada "teoria da mente" — a capacidade de compreender que outras pessoas têm pensamentos, sentimentos e crenças diferentes dos seus. Isso é essencial para a empatia, pois permite que a criança perceba que os outros podem ter perspectivas diferentes e emoções únicas.

  • O desenvolvimento da linguagem desempenha um papel crucial na expressão e compreensão das emoções. À medida que as crianças adquirem vocabulário emocional e aprendem a nomear seus próprios sentimentos, tornam-se mais capazes de se conectar emocionalmente com os outros.
  • A empatia também é influenciada pelas experiências pessoais da criança. Elas aprendem a se relacionar com os outros com base nas relações que têm em casa, na escola e na comunidade. Modelos de empatia em suas vidas têm um impacto significativo.

Benefícios da Empatia no Desenvolvimento Cognitivo

Cultivar e estimular o desenvolvimento da empatia nas crianças desde cedo traz uma série de benefícios para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Olhem alguns dos benefícios que ela pode trazer:
  • Melhor resolução de conflitos, ensinando crianças a entender e lidar com as emoções dos outros.
  • Habilidades de comunicação mais eficazes, permitindo que as crianças expressem suas próprias emoções de maneira saudável.
  • Habilidades sociais aprimoradas, ajudando-as a construir relacionamentos mais fortes.
  • Um senso de responsabilidade social, incentivando-as a agir de maneira ética e compassiva.
A empatia é mais do que apenas uma qualidade desejável, é uma parte essencial do desenvolvimento cognitivo de uma criança. Cultivar essa habilidade desde cedo não só molda indivíduos mais compassivos e compreensivos, mas também contribui para a criação de uma sociedade mais empática e inclusiva. Portanto, incentivar e nutrir a empatia nas crianças deve ser uma prioridade em nosso esforço coletivo para promover o crescimento saudável e o bem-estar social.

Já praticou e ensinou sobre ter empatia hoje? 


Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋 

A Importância do Diálogo nos Relacionamentos: Fortalecendo Vínculos

No universo dos relacionamentos, o diálogo é uma ferramenta fundamental para manter a harmonia e a conexão entre as pessoas. Seja em relacionamentos amorosos, familiares, amizades ou no ambiente de trabalho, a comunicação eficaz desempenha um papel crucial. Podemos desde resolver qualquer situação e manter a harmonia desde criar um sentimento desagradável e um clima ruim por dias.

Quem nunca passou por uma situação que poderia ser evitada com uma boa conversa, de coração aberto, que atire a primeira pedra ! Mesmo que enfrentemos uma situação onde iremos nos deparar com pensamentos inflexível, utilizando a pausa positiva e nosso favor conseguimos sanar muitos mal entendidos.


O diálogo permite que as pessoas expressem seus pensamentos, sentimentos e necessidades. Quando ouvimos para entender o ponto de vista do outro evitamos muitos mal entendidos, pois damos espaço ao outro para falar e para depois tirarmos nossas conclusões, demonstramos empatia e respeito. Além de essa troca de informações ajuda a resolver conflitos e melhorar a confiança entre quem convivemos.

A confiança é o alicerce de qualquer relacionamento saudável, independente de qual seja. O diálogo constante cria um espaço onde as pessoas se sentem à vontade para serem autênticas e honestas. A honestidade fortalece a confiança mútua, tornando o relacionamento mais sólido e duradouro.

Os desafios sempre existirão em qualquer relacionamento. No entanto, o diálogo abre portas para a resolução de problemas de maneira construtiva. Quando as partes envolvidas discutem abertamente suas preocupações e buscam soluções juntas, os obstáculos se tornam oportunidades para crescimento e aprendizado.

O diálogo não se limita apenas a questões práticas, também é uma forma poderosa de compartilhar emoções. Expressar amor, carinho e apreço verbalmente reforça os laços emocionais e faz com que as pessoas se sintam valorizadas e amadas. A falta dele pode levar a interpretações errôneas e suposições equivocadas.


O ato de dialogar é a pedra angular de relacionamentos saudáveis e bem-sucedidos. Investir tempo e esforço na comunicação eficaz fortalece os laços interpessoais, promove a compreensão mútua e constrói relacionamentos mais profundos e satisfatórios. Portanto, não subestime o poder das palavras e do diálogo em sua jornada de conexão e crescimento com os outros.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋 

Quando chega os 30 anos

Comemorar aniversários é um hábito tão íntimo quanto escolher o tipo de perfume vamos usar, é um hábito que diz exclusivamente de quem o faz, como o uso do perfume, alguns gostam muito e fazem questão de ter vários de todas as maneiras, outros gostam mas preferem algo mais sutil e outros já não usam. Com celebrações de aniversário é semelhante, alguns celebram por dias com tudo que tem direito, outros celebram mais reservados e outro não gostam. 

Que bom que há essas possibilidades, se não houvessem elas acredito que as diversas visões sobre celebrações seriam em via única e algo igual, monótono e a imaginação não fluiria como merece. E como celebrações e perfumes vão mudando de acordo com nossa idade, nosso modo de ver as coisas também muda quando percebemos nosso processo de envelhecimento.


Sempre que pensamento em envelhecimento, logo vem a mente idosos, itens antiquados, algo ultrapassado e inválido. Foi nos ensinado que envelhecer é algo negativo, que deve ser evitado e em muitas vezes visto como tabu ou deboche em conversas no meio de família. Ao invés de pensarmos na chegada da maturidade com olhares de oportunidade e passamos a dizer que estamos nos tornando jovens com experiência e desenvolvendo nossa mentalidade de forma constante.

Muitos de nós ao adquirirmos uma certa liberdade logo sonhamos com nossos momentos de independência. Pensamos no que teremos quando atingirmos uma certa idade, de nossas conquistas, como estaremos e várias outras coisas que nossa imaginação acredite ser possível. Devaneamos e refletimos, sonhando e pensando nas possibilidades. E quando chegamos no momento em que tanto pensamos, muitas vezes é completamente diferente do que esperávamos, as cobranças sociais são maiores que pensamos. 

Esses dias cheguei aos meus tão sonhados 30 anos, quantos planos construí e deram certo, quantos outros foram por água abaixo, quantas pessoas conheci, algumas permaneceram e outras não. Quantos erros cometidos, quantos acertos, quantas lições aprendi para chegar onde cheguei e o que conquistei. Quantas cobranças sociais enfrentei e ainda enfrento agora com a maternidade. Muito me veio a mente por esses dias e me fizeram pensar em como é diferente a forma de se enxergar a idade, o envelhecer para cada um. 

No dia do meu aniversário, no final do dia, parei e refleti sobre meus anos passados... Que avalanche de sentimento e pensamentos... Foi bom, em alguns momentos doloroso pensar, mas foi bom. Senti admiração e ainda mais compreensão comigo mesma. Que caminhada boa até aqui! Que aventura! Não vejo quando chegar nos 40 ! Que venham as cobranças sociais me exigindo um padrão cada vez mais impossível e eu ouse ser do jeito que eu quiser!


As cobranças sociais são as que mais pesam, mais nos deixam ansiosos e muitas vezes depressivos, podem vir de parentes dentro de casa até colegas de trabalho - se forma, arrume um emprego, se case, tenha filhos, não use essa roupa, não escute essa música -, sempre nos cobram ser quem não somos, nos exigem caber ao invés de pertencer. E tudo bem, é papel deles fazer isso, nós que precisamos nos adaptar. 

Há momentos em que precisaremos ceder, outros insistir, em outros precisaremos nos conter, em outros não e assim sempre acontecerá. Tudo bem não dar conta as vezes, você é um ser humano e não uma máquina exata. O que tiver que acontecer, irá acontecer no momento ideal, se ainda não conseguiu comprar aquela coisa que sempre sonhos, avalie suas atitudes para conseguir e tenha paciência. Veja se seus passos estão de acordo com seus sonhos e seus objetivos. Dá-lhe terapia para nos ajudar nisso!

Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋 





Tomaram minha filha do meu colo, e agora?

Muitas mães e pais já devem ter passado por isso, alguns nem perceberam as consequências desse ato ou ficaram com uma angústia no coração mas preferiram relevar devido ao contexto. Trouxe esse exemplo hoje para conversarmos um pouco sobre o desrespeito infantil. 

Em tempos que começamos a repensar sobre a influência do nosso comportamento e da mídia no crescimento de nossos filhos, é de grande importância refletirmos sobre onde começa o desrespeito infantil, muitas vezes observo que é algo cultural e muitas vezes visto como comum no dia a dia das crianças. E paro, observo e penso - Seria a aceitação para relacionamentos tóxicos uma consequência de uma educação desrespeitosa? -.


Desde bebês, já aprendemos sobre as regras sociais e posturas para com elas, tanto mulheres quanto homens sentem o peso do regimento social que envolve o gênero, a masculinidade tóxica e o ideal machista de como deve ser uma mulher, são exemplos que vivenciamos desde bebês, opressão e muitas vezes vergonha em expressar seus sentimentos, de ser o que é sem precisar mudar a si para caber em algum lugar, de ter a opinião desrespeitada por ser mais novo/menor e de precisarmos fazer coisas que não queremos por obrigação - como ir visitar aquele tio que vive zombando pois ele é da família - entre outras situações.

Muitos de nós quando mais novos, crianças e adolescentes, já vimos uma situação onde alguém esteja errado ou sendo injustiçado, e sentimos vontade de dar nossa opinião mas quando falamos escutamos o sonoro - Isso é assunto de família; Isso é assunto de adultos; Você não tem idade para saber de coisas assim -, são frases comuns que acontecem onde observamos o desrespeito infantil baseado em uma educação desrespeitosa.

Quanto paramos para ler sobre os Direitos das Crianças e Adolescentes em vários artigos, lemos itens banais como alimentação digna, higiene e boas condições de saúde, itens que muitos de nós vemos como uma obrigação mas se precisa ser escrito é porque não está sendo cumprido. Inclusive o respeito para com as crianças. Em muitos momentos estamos replicando uma educação desrespeitosa sem perceber pois foi feito conosco, entramos no automático e não nos atentamos a essas pequenas atitudes que desrespeitam.

Acho que já estou ficando polêmica em demasiado, ainda há muitos defensores de uma educação desrespeitosa e compreendo. Foram assim que foram educados, provavelmente sofreram o desrespeito infantil e assim que acreditam ser o correto. Porém discordo quando colocam a responsabilidade de aprender valores como caráter e honestidade para a criança aprender sozinha, sendo que aprendem muito mais pelo exemplo, e quando isso não acontece acusam o filho de diversos adjetivos desagradáveis. Há casos onde a pessoa tem o caráter duvidoso, como alguém com Transtorno de personalidade antisocial por exemplo, há um fatos patológico no meio.

E todas essas explicações e pensamentos não respondem a pergunta do título, tomaram minha filha do meu colo, e agora? Para responder isso vou usar uma frase apenas - Tenha bom senso! -, porque utilizei essa frase, pois precisamos observar quem é a pessoa, o contexto e como nossos filhos reagiram. Se observamos que a pessoa é querida e de confiança, o contexto é de brincadeira e a criança reagiu bem depois, ótimo ! Se qualquer uma dessas situações não esteja de acordo com sua visão de correto, observe, reflita e pontue com gentileza, tudo conversado e entendido, e desde cedo é necessário reforçar sobre a importância de respeitar a criança desde cedo.


Alguns podem pensar - Ah! mas aí vou deixar meu filho fazer tudo que ele quer? - Não! Respeitar uma criança é pensar das opiniões que ela tem sobre situações que dizem respeito a ela, há regras inegociáveis como tomar banho, escovar os dentes, comer de forma saudável, que são rotinas necessárias. Mas quando ela não quer cumprimentar ou dar um beijo alguém na rua, quando não quer conversar, quando não quer sair do colo da mãe e afins, situações onde diz respeito a ela. 

Esse tema gera boas reflexões e discussões na terapia, além de boas necessárias. O respeito que você tem para com uma criança hoje, diz respeito a como ela aceitará ser aceita no futuro, você gostaria de ser tratado da mesma forma que trata os outros?

Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋 

De todos os loucos do mundo ...

Esses dias mexendo nas minhas playlist do Spotify, percebi em como meu estilos musical é eclético mas que varia de acordo com meu humor e estado de espírito, e rolando a tela para ver as músicas de playlists antigas, me deparei com uma música que é bem a cara de uma adolescente que está conhecendo o Universo dos Relacionamentos com todos os seus altos e baixos. A música se chama De todos os loucos do mundo eu quis você, da Clarice Falcão.

Me fez pensar em como é engraçado nosso coração, como não temos como controlá-lo... Quando ele escolhe não adianta. Não só ele, mas como nosso corpo também escolhe, no toque, no cheiro, no olhar, também na conversa e energia. Mesmo que nossa razão nos faz pensar nas consequências e nos tente impedir alguma coisa, quando sentimos que é de verdade saímos enfrentando tudo e todos. De "N" formas diferentes, pode ser mais extravasado ou mais sereno, mais chamativo ou mais discreto, mais dramático ou mais romântico... Mas cada um tem seu toque especial, com sua subjetividade.


E penso que a música não é somente sobre - de todos os loucos eu mundo eu quis você- , mas também sobre - De todos os loucos do mundo você me quis ! -, todos os relacionamentos são vias de mão duplas, ou seja, ambos precisam fazer sua parte e ceder quando necessários. Todos errados mas também buscamos sempre tentar acertar. Quando um não quer dois não brigam  ditado simples, clichê e muito verdadeiro. 

Em uma época onde a liquidez dos relacionamentos nos faz pensar apenas com o viés de ganhar ou perder, para cada ganho há uma perda, para cada realização um preço. O viver juntos é por causa de e não a fim de, a afinidade e intimidade se tornaram coisas difícil de lidar, conviver, e passamos a ter cada vez mais Relações de Bolso. São mais fáceis e simples de resolver.

Como eu disse, um relacionamento são dois em prol de um objetivo, é o Eu e Você para um Nós. Compreendo que nos tempos de hoje o Amor pode ser, e frequentemente é, tão aterrorizante quanto a morte, pois mesmo que tenha-se anos juntos, nunca saberemos se podemos estar plenos e verdadeiramente seguros com a incerteza que permanece. Estar em um relacionamento é estar disposto a conviver com a incerteza de ter feito a coisa certa no momento oportuno.



O fracasso dos relacionamentos é muito frequentemente um fracasso na comunicação. Muitos problemas ocorrem pois o outro e até nós mesmos, não assumimos nossa responsabilidade com tal situação, e aquilo vira uma discussão onde dedos são apontados e distanciamentos criados, tornado cada vez mais distante o sentimento. Seria tão mais fácil se conseguíssemos aceitar nossos defeitos e pedir compreensão e até uma ajuda com quem partilhamos a rotina. Seria mais fácil a convivência e os relacionamentos seriam mais duradouros.

Há erros que são bem difíceis de aceitar e quase sempre são eles quem nos causam os maiores frustações. Tudo bem em querer romper e se separar por ter dificuldade de lidar com eles, somos seres humanos e temos nossa individualidade. São consequências, com atitudes e valores necessários para o bem estar de nossa saúde mental. 

O casamento hoje, traz a tona nossa disponibilidade e maturidade para com os defeitos do outro, há sim aquele que concorde com você e tenha a mesma sintonia no diálogo, paciência, respeito e cumplicidade. E sim, é possível encontrar alguém assim ! Demanda honestidade com você mesmo(a) e parcimônia em suas ações. Terapia ajuda muito a melhorar isso, eu que o diga !


 Até a próxima. Te vejo na terapia.


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O que dizer sobre a música

Tem dias que acordamos afim de escutar música mas não conseguimos encontrar o estilo, ou letra, ou melodia que se enquadre com o que queremos dizer para nós mesmos, ou então não se enquadre na vibe que estamos nos sentindo. A música tem um poder de influência gigante sobe nós e sobre nossas atividades cerebrais, podemos criar memórias afetivas nos despertando sentimentos e nos fazendo lembrar de acontecimentos que marcaram nossas vidas. 

A música também pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar a desenvolver habilidades sociais, funções cognitivas e melhorar a qualidade de vida, tanto que há profissionais que uma a musicoterapia como uma ferramenta que agrega ainda mais valor ao serviço prestado e ao objetivos a serem alcançados. 

melodias que nos fazem pensar sobre nossa vida, em como algumas pessoas nos impressionam e as coisas vão acontecendo a nossa volta que podem nos surpreender. Não no sentido com algo bom ou ruim. Quanto as pessoas nos impressionam com sua personalidade e subjetividade. Como alguém que nunca imaginamos são as mais animadas, ou mais compreensivas. Ou que passam por problemas parecidos com os nossos ou mais complexos. E algumas que mais podem nos ajudar nos momentos em que nosso coração aperta e a alma pede colo.

Quanto a acontecimentos de vida, pode ser aquele resultado que não esperava chegar, ou até uma decepção. Ou aquele medo que enfrentou para conquistar um sonho ou objetivo, conhecer um lugar que sonhava e ver que nem era tudo que esperava ou também ser mais que todas as suas expectativas juntas! E tudo bem que elas aconteceram, que ótimo que pudemos estar vivos e presentes para aprender lições importante enquanto vivemos isso que chamamos de vida. 



Algumas letras de música dizem par nós frases que podem nos fazer abrir os olhos e ver a solução para uma questão que tanto nos incomodava, ou no acolher quando mais precisamos, ou até fazer a gente entrar no clima mesmo e sentir o que está apertando o coração. Sabe aquele dia que vem a bad e a gente coloca uma música mais melosa e triste que combina com o clima do momento? Quase uma cena de filme quando o personagem principal sofre alguma desilusão ou percebe que cometeu  maior erro da sua vida. Ou então quando vivemos uma experiência maravilhosa e quando ouvimos a música lembramos de cada detalhe do dia. 

Resolvi colocar uma playlist minha do Spotify, que ouço quando estou escrevendo, que me ajudam a refletir sobre as situações e sensações que me surgem, até me lembrarem momentos únicos e importantes, alguns até irão supor o que significa aquela música, e que ótimo que aconteça ! Significa que estamos conectados e com os sentimentos em comum.
  
Quando toca nosso coração e nos faz para o pensamento, virou música para nossos ouvidos.

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Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Pensando de outra maneira...


Várias mudanças e evoluções surgem no dia a dia, seja na tecnologia, na quebra de conceito social, na tendência de cores e estampas na moda, diversas pequenas mudanças que se pararmos para pensar dão uma diferença significativa. Uma que me chamou a atenção - principalmente depois que a maternidade veio - foi em como os filmes infantis mudaram sua temática, filmes com histórias e lições que resgatam valores e fazem nós pais refletirmos sobre os mesmos.

Dentre vários que foram lançados em cinema e streaming, os lançados de 2019 para cá, dos que assisti o que mais me chamou atenção foi Soul. Uma animação com uma trilha sonora gostosa e efeitos visuais contrastantes, traz um roteiro que nos faz pensar sobre nossa missão, no sentido de nossa vida.


Após assistir, fiquei com a sensação de que estava me perdendo na rotina e me esquecendo do verdadeiro sentido da vida para mim, ser grata e apreciar as pequenas coisas. Como ouvir uma boa música no fone, chegar em casa depois de um dia de trabalho e brincar com minha filha e seguir com a rotina de cuidados dela, sentir o cheiro que algo que eu esteja cozinhando, e várias pequenas coisas que deixam a lista enorme !

E não somente isso, mas estava deixando de apreciar minhas mudanças, pessoais e profissionais, todo meu processo de amadurecimento e reconhecimento.

Vamos pensar também em realidades diferentes, onde surgem alguns comentários do tipo- Ah! mas quando não tem filhos é fácil; Quando não é casado é de boa; Quando tem dinheiro sobrando até eu! -, porém, vamos refletir. Nossas crianças até uma certa idade, se sentem felizes brincando com tapinhas de garrafa, chaves, pedaços de papel e demais objetos julgados como comuns, e passam a exigir coisas, pois observam os pais exigindo e aprendem que a vida é assim. Sempre baseada no que temos e não no que somos.  Pois os próprios pais, imersos em suas rotinas, se esquecem de parar e olhar cada momento bom com suas família, e quem se tornaram nessa jornada.

E parando para refletir, hoje com minha filha, rotina e adversidades me vem o pensamento - A criança que eu fui sente orgulho do adulto que me tornei? -. 


E aí vejo essas mudanças sutis de influências nos filmes, com roteiros que - aos meus olhos - servem mais para os pais do que para os filhos. Soul traz uma cena, onde a pequena 22 aprecia algo tão rotineiro e simples, que no momento que captei o que estava sendo passado, me dei conta de que estava me esquecendo em sempre parar e perceber ao meu redor.

A Transitoriedade é inevitável e o Paradoxo da Dicotomia nos faz concluir que o caminho é o que importa, não impede que possamos ver e viver a vida como ela é.

Te vejo na terapia !
Até a próxima! 💋




Constância e Maternidade

Depois que escolhi passar pelo processo da Maternidade e de me reconhecer como uma nova mulher, uma coisa que mudou de forma radical - que ainda estou elaborando - foi a minha Constância. Sempre fui um tipo de pessoa que buscava manter a rotina em dia e as atividades em ordem de prioridade, acredito que seja por conta da minha necessidade de controle sobre as situações e me sentir mais confortável com isso. Lidar com isso, esse mudança também pode apresentar sentimentos de luto.

A rotina de um bebê é em muitos momentos regrada, os horários de se alimentar, trocar fraldas, brincar, dormir e as demais coisas que aparecem no decorrer do crescimento dele. Vão surgindo novas demandas, como o vigiar os riscos e perigos em um tour pela casa, objetos que podem engolir e engasgar ou de cortar, e outras situações que vão surgindo de acordo com cada fase de desenvolvimento. Além dos dias em que acontece de adoecer e eles ficam carentes querendo somente o colo da mãe. 



Conciliar a nossa rotina com a rotina do bebê e da Maternidade, exige abrir mão de algumas prioridades nossas para sanar uma necessidade do bebê, até porque ele ainda não adquiriu autonomia e independência suficientes para executar sozinhos muitas coisas, como comer e se vestir sozinho. Essa conciliação de rotinas é algo que influência diretamente na Constância, mantemos a constância e disciplina para com as rotinas do bebê e acabamos nos esquecendo das rotinas de mulher.

E pensa... Para quem tinha o hábito de ter a rotina bem regulada e a Constância sempre disciplinada, precisar mudar isso e colocar novas prioridades na frente das de si mesma, foi algo desafiador. Além disso, a cobrança externa continua vindo tornando ainda mais gritante a autocobrança. Se adaptar a isso é um exercício contínuo de honestidade comigo mesma e enfrentamento da ansiedade. 



Sim ! Enfrentamento de ansiedade, quando entramos no ciclo de ansiedade buscamos fugir das situações temidas ou geradoras de ansiedade, podemos procrastinar e até não executar mesmo, afetando outros âmbitos da nossa vida e quando nos damos conta, quando trazemos a consciência a realidade vem a pergunta - Porque que eu tenho que ser assim? - ou então - Onde que eu estava com a cabeça pra ter essas ideias? -. 

E o que mais acontece é, programei o dia baseado no dia anterior e minha filha acorda com a necessidade de uma demanda maior, e acabo que não consigo fazer as atividades que planejei, por me cobrar e ouvir cobranças, começo a me sentir ansiosa por possuir uma certa dificuldade em lidar com a "falha" de não ter conseguido seguir o planejado, e começo a evitar as atividades para não ter que lidar com essa "falha" e o cansaço que também me demanda muita energia. Acredito que isso aconteça com muitos outros cuidadores diretos de um bebê. 



Lidar com isso tudo é exaustivo, e há dias que em não dou conta e tudo bem por isso. Seja eu, ou qualquer outra mãe e pai que esteja passando por isso - Tudo bem não dar conta um dia, tudo bem que precise descansar, você é um ser humano -. Adaptar nossa Constância a nova rotina é desafiador mas não é impossível, gestão de tempo e produtividade também precisam de prazo e energia para acontecerem. Lembremos sempre de dar nosso melhor dentro de nossa possibilidade, de usar nossos talentos a nosso favor e procurar estar sempre no presente.

A vida é um presente, o passado é uma foto e o futuro a Deus pertence.


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Transitoriedade



As vezes nos sentimos tristes e um pouco angustiados quando acaba algo, seja material seja no campo dos relacionamentos. Por exemplo, quando mudamos de emprego e no período de adaptação no outro sentimos a falta do emprego anterior, bate aquela sensação chata, sem explicação. Momentos assim também de enquadram no Luto.

Luto, para a psicologia é um incógnita, não há uma explicação concreta que explique tal fato, tanto que se fala processo de luto... Em várias das minhas incursões pelos conhecimentos Freudianos vejo mais e mais coisas, uma delas hoje foi a Transitoriedade, segundo Freud (em minha visão) é a parte final do luto, quando tomamos consciência que podemos e precisamos no apaixonar, procurar novos prazeres quando perdemos algo ou alguém que era o objeto disso. 



Penso que está muito ligado com a nossa capacidade de contemplação, pois quando sabemos contemplar e ser gratos com nossa saúde, ego, amor, quando estamos em paz de espírito, conseguimos ver o quando foi bom enquanto durou sem se sentir culpado. São poucos que conseguem desenvolver a maturidade suficiente para compreender essa visão e agir conforme tal. 

A transitoriedade passa a ser vista de forma mais suave e necessária, como por exemplo, um casamento que a morte os separou, saber pensar nessa separação como algo que era pra acontecer que agora é hora de começar de novo, de uma nova forma com um outro alguém ou então consigo mesmo. Passar a se lembrar do outro de forma grata, lembrando nos ensinamentos que teve das lições que deu, dos momentos de risos, e isso não doí, se torna uma lembrança boa e consciência de que passou e você é grato por ter aproveitado da melhor forma.

Não é impossível aprender a pensar dessa maneira, mas requer disponibilidade de quem deseja aprender. Disponibilidade em se abrir para compreender, aceitar aquilo que não tem controle e fazer o que precisa ser feito mesmo que não seja aquilo que goste. Vivenciar isso pode gerar até um certo medo, ele faz parte do enfrentamento.

No decorrer de minhas vivências percebi que a transitoriedade é sinônimo do dito -"precisa perder pra dar valor"- porque é depois de um luto (seja qual for), que passamos a ter consciência que tudo passa e que temos que aproveitar cada segundo. Preocupar-se menos com bens materiais, amar mais a si mesmo de forma justa, amar a natureza e acima de tudo ser grato.

Algumas mudanças estão acontecendo e não há como fugir do processo de luto. Faz parte e são por meio deles que aprendemos lições valiosas sobre resiliência e orientações positivas para o futuro.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Obstáculos

Como a maioria das coisas que acontecem no decorrer da vida, algumas nos fazem nos deparar com as situações que parecem impossíveis de se resolver ou que não conseguimos enxergar nenhum aprendizado. Momentos assim são importantes para nos desafiar a sair da zona de conforto, e nos fazer exercitar valores como persistência, tolerância e resiliência. Pensando nisso, me vem a mente um conto budista dos Dois monges e uma mulher, que podemos refletir bem sobre o aprendizado que ele nos transmite. 




Onde dois monges, muito amigos, sempre cumpriam seus afazeres em conjunto. Tinham muita fé em suas crenças e mandamentos de sua religião. E, de acordo com suas crenças, eles não podiam se aproxima e tocar em mulheres. 

Certo dia, atravessando a floresta para comprar mantimentos no vilarejo, encontraram uma mulher com dificuldade em atravessar o ria e estava prestes a se afogar. Um dos monges disse:

- Não podemos ajudá-la, fizemos o voto de não tocar em mulher nenhuma.

O outro disse:

- Também fizemos o voto de ajudar a todas as pessoas e criaturas deste mundo, sem distinção.

Este mesmo monge pulou no rio, colocou a mulher nas costas e a deixou na outra margem. Depois disso, os dois seguiram seu caminho e um grande silêncio permaneceu entre eles. O que ajudou a mulher estava sereno e tranquilo, e o que não ajudou carrancudo e angustiado. O silêncio foi interrompido e logo o que não ajudou começou a repreender o outro pelo feito, dizendo que não deveria tê-la carregado que ela seria um peso para a caminhada.

O outro respondeu serenamente:

- Eu deixei a mulher na margem do rio, quem ainda está a carregando é você.



Conto interessante ! 

Quantas vezes nos prendemos a um obstáculo que muitas vezes já passou, ou que nem mesmo criamos diretamente mas ocorreram por que precisavam acontecer. E isso nos trava, ficamos nos remoendo e lamentando, gastando energia, nos sabotando de chegar no resultado que queremos. E muitas vezes não vemos o aprendizado que essa situação quer nos transmitir.

No caso do Conto trouxe o ponto do orgulho, preso ao orgulho o monge que não ajudou ficou com aquilo mal resolvido e o outro não. Sustentou um clima ruim e um mal estar desnecessariamente. 
Situações assim podem gerar grandes questões internas que afetam não somente nossa parte pessoal, mas com a de trabalho e saúde física. 


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Sobre o Amor



O Amor tem nome, tamanho, cheiro, som e cor... Tem o nome da pessoa que fica constantemente em nossos pensamentos, tem o tamanho não só de sua altura mas da intensidade que o sentimos, tem cheiro do perfume preferido que o outro usa, tem som da voz que mais desejamos ouvir e tem a cor que são a dos olhos, cabelos e pele...


Quando estamos amando, tudo fica mais colorido, mais cheiroso, mais sonoro e mais alegre. Ficamos bobos só de olhar uma simples foto, e lembrar do momento em que foi tirada, ficamos rindo atoa e fazemos de tudo para ser perfeito, cada encontro, cada telefonema, cada mensagem...
 
Qualquer coisa, por mais simples que seja, como uma brincadeira ou um carinho, faz o momento se eternizar em nossas lembranças, sobrepondo quase todas as tristezas de um passado que nos atormenta.
Estar com alguém, namorando ou casado, não é somente uma figura de amor... Quando estamos em nossa família, por mais que haja problemas, é uma das maiores representações de amor. Porque é ela que quando nos sentimos sozinhos, nos mostra que estamos enganados, mas devemos aceitar as diferenças e enxergar esse amor.

O amor é um dos sentimento mais cruéis que existe, quando não é correspondido. Nos faz sofrer e sentir dores pelo corpo que nem imaginamos que poderíamos imaginar. E ao mesmo tempo que é cruel é restaurador, por podermos amar muitas e muitas vezes, ele pode transformar nosso mundo no lugar mais perfeito que o próprio paraíso.

Quem ama não mede esforços, não reclama e está sempre disposto. Faz tudo para deixar o outro feliz, sem pensar em retribuições. O amor é generoso, manhoso e bobo. Bobo no sentido de não se preocupar com o futuro, mas em viver o presente da forma mais intensa possível, é generoso porque nos doamos ao outro sem pensar nas consequências e é manhoso pois quando estamos amando, queremos ficar constantemente nos braços de que amamos.



Existem várias formas e línguas para dizer "eu te amo", não há melhor ou mais ideal, para mim a forma mais verdadeira não é feita com palavras, é feita com o olhar, pois é o olhar que nos diz se é verdadeiro ou não, quando amamos de verdade, os olhos brilham só de ouvir o nome da pessoa querida.

Amar é sentir ciúmes, é brigar por uma ligação que não foi feita e logo depois ser resolvida da forma mais romântica com muitos beijos... Amar é sentir saudade, é sentir seu estômago cheio de borboletas, seus joelhos tremerem e suar as mãos. #risos
Amar é ouvir aquela música que nos faz lembrar dos melhores momentos e sentir vontade de repetir, é ver aquele filme e imaginar a pessoa amada ao seu lado.

Vivemos à mercê do amor, então não tenhas medo de se apaixonar, não tenhas medo de sofrer... Pois a vida é feita de obstáculos e quem sabe amar, vence todos eles !


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Carta para Mini Carol


Para chegar no tema do post Adulto saudável, fiz uma atividade terapêutica um tanto quanto emocionante. Escrevi uma carta para a Carol criança, que chamei de Mini Carol. A atividade consistia em responder uma pergunta em forma de carta, a pergunta era - O que a Carol de hoje diria para a Mini Carol se a encontrasse agora? -.  Esse exercício tem como objetivo nos fazer pensar sobre nossa Maturidade pessoal e nível de Autoconhecimento, pois ao pensar no que eu diria para mim mesma no passado foi uma tarefa e tanto. Muito esclarecedora e emocionante, com conclusões pertinentes e necessárias. 



No decorrer da carta me emocionei muito, relembrar eventos do passado, mágoas, tristezas, obstáculos, mas também lembrar as alegrias, conquistas, momentos de amor e afeto, me fizeram pensar no quanto amadureci e no quanto trabalhei minha resiliência, paciência e compreensão. Observei que me amo ainda mais e me admiro ainda mais. Nesse processo de Autoconhecimento percebi o quanto foi importante para a forma que busco conduzir a maternidade e suas adversidades. 

Quando minha filha nasceu, me deparei com um abismo gigantesco e encará-lo parecia ser algo impossível, me causava pânico, medo, ansiedade e angústia. Não somente pelo cansaço, mas também pela mudanças que meu corpo pós gravidez passou que estavam difíceis de elaborar e até de aceitar em alguns momentos. Fora traumas de infância voltarem com toda força me sabotando.

Os dias e semana foram passando, as rotinas foram melhorando e novos desafios surgindo, comecei a perceber - inclusive na terapia - como minha Maturidade Pessoal havia mudado e quanta coisa eu havia aprendido. Meu olhar para muitas situações mudou, e essa atividade me ajudou a observar tudo isso e avaliar desde o começo. Minha carta para Mini Carol teve muitas vezes repetida a frase - Confie em si mesma e no seu processo -, disse a ela que ela iria se magoar com muitas pessoa queridas, mas que isso a ensinaria sobre o que ela não gostaria de ser.

Para para olhar nossa criança interior e acolhe-la, pode ser um processo libertador e envolver muito amor. Quando acolhemos nossa crianças interior e entendemos que a partir de agora somos adultos e precisamos nos imbuir disso para mantermos nossa mente saudável, muito amarras são desfeitas e orgulhos curados. Passamos e ver as coisas com mais resiliência e compreensão, além de deixar as coisas fluírem com mais tranquilidade e parcimônia.

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Deixo uma música como sugestão, no próximo post falaremos sobre ela. Birds - Imagine Dragons

Até a próxima. Te vejo na terapia.



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Adulto Saudável


Durante uma sessão de terapia, foi questionado sobre o conceito de adulto saudável. Durante a gestação estudei sobre parentalidade e disciplina positiva, e em muitos momentos essa palavra - Adulto saudável - apareceu nos discursos. A palavra saudável, de acordo com o dicionário, é um adjetivo que significa que tem boa saúde (física, mental, espiritual); sadio: paciente saudável. Pensamos logo em pontos relacionado ao corpo, quando pesquisamos na internet aparecem muitos textos sobre hábitos alimentares saudáveis e afins. 

Ser um adulto saudável é a consequência do processo de de auto conhecimento e amadurecimento. Mas como sei que sou ou estou me tornando um adulto saudável? Essa pergunta vou te responder com um exemplo para ficar mais claro do que simplesmente te citar os pontos.
Após o nascimento da Olívia, me deparei com vários traumas de infância que eu não havia superado ainda mas que estavam me trazendo alguma barreiras, como dificuldade de organização, planejamento, controle emocional, enfim. 

Na terapia fui dando conta disso, dos meus comportamentos e pensamentos que envolviam até eu me tornar mais consciente dos gatilhos e perceber antes que me causasse sofrimento. Um deles é a necessidade de controle, necessidade de saber tudo o que acontece, se eu tenho algo haver e afins. A partir do momento que me entendi como uma adulta, entendi que não tenho controle de tudo e nem sempre as situações que ocorrem eu estou envolvida, ou sou a causadora, nem tudo diz respeito a mim. 

E tudo bem por isso!!

Foi desafiador e até um pouco dolorido quando avaliei a situação com mais razão, e depois que entender isso passei a me perdoar mais. Além disso, entender minhas emoções foi algo de grande importância, pois depois disso consigo refletir sobre aquela sensação e elabora-la, entendendo se é de fundamento da Ansiedade ou não. Logo quando me sinto irritada e frustrada com algo que está diretamente ligado a minha necessidade de controle, que se aflora quando estou ansiosa, paro e avalio se há a necessidade de sustentar a situação, se a realidade condiz com os pensamentos que estão vindo em minha mente e se necessário pergunto para as pessoas envolvidas se entendi de forma correta.

Isso é um exemplo de uma situação resolvida por um adulto saudável. Que entendeu porque há essa necessidade de controle e entender o esquema que envolve tal comportamento. A vida flui mais leve quando nos entendemos como adultos e entendemos que a maturidade é fazer o que precisa ser feito, sem se alienar no feitio. Para evitar que isso aconteça é sempre importante se perguntar - Porque fazemos o que fazemos? - .

A resposta para essa pergunta fica para um próximo post, pois dá uma reflexão e tanto! Essa pergunta é feita e discutida por um livro de Mário Sérgio Cortella, que vale a pena ser lido. 



Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Sem saber



De janeiro piscamos e estamos quase no meio do ano... Verão passou e o Inverno já dá seus sinais... Vida... Expectativas... Esperança... Enfrentamentos... E várias coisas que se acreditamos se renovar e redescobrir
Mesmo sabendo que algumas coisas vão continuar na mesma .. Ainda temos a esperança de que tudo vai melhorar. Tudo vai mudar e viveremos de uma forma melhor. Vamos percebendo que nem tudo depende de nós. Isso tudo pode acontecer, se fizemos acontecer... E se os envolvidos estiverem dispostos a fazer acontecer também.

Muitas coisas me vieram a cabeça nesse fim/inicio de ano. Como temos a capacidade de resolver problemas da forma mais branda, só depende de querermos e termos coragem de enfrentar nossos medos... Como a maioria das pessoas precisa aprender a agradecer e viver a vida com mais desapego.

Pensei sobre a perda de tempo de alguns, inclusive a minha, em se preocupar com o passado... Passou... Serviu para ensinar, para adquirir experiência. Se não entende isso, vai continuar a cometer os mesmos erros, fazer os mesmo julgamentos e ter os mesmos pensamentos, e ainda vamos colocar a culpa no outro, sendo que a responsabilidade disso é inteiramente nossa. A vida passa tão depressa para se odiar as pessoas e permanecer no orgulho...

Transitoriedade foi o que mais me veio em mente... As coisas e vida passam, com um final que todos sabemos, mas nem por isso precisar deixar de ser aproveitada e desperdiçada.

Muito planos a tona e com necessidade urgente de execução, rotina mudando toda semana, conceitos sendo ressignificados, redescobertos e nada melhor que terapia e uma boa música para ajudar no enfrentamento e lidar com isso tudo ... Quem já estudou música em algum momento sabe como é ouvir uma música e aprecia-la. Sentir a harmonia dos compassos, a melodia, os tons e a música de verdade, plenitude. Seja qual estilo for, sabemos quando nos identificamos com a música.

2023 está sendo um ano do Enfrentamento e Redescobertas para mim. Vou procurar encarar meus obstáculos e medos, da maneira mais gentil possível. Esta sendo também o ano da Empatia e Autocompaixão, para quando chegar perto de alguém "desequilibrado" eu entender que aquela situação tem uma razão e que nem sempre diz algo sobre mim, mas de quem sente, e quando me deparar que estou em meu limite, avaliar a situação e ver se consigo resolver ou não. 

Comecei o ano me readaptando ao trabalho depois da maternidade - Como é difícil depois que saímos do ritmo e precisamos nos adaptar ao novo de forma rápida! - Livros para terminar, estudos para atualizar... Pensam em estratégias de gestão de tempo para esmiuçá-los e absorver cada ensinamento novo e renovar... Eu pelo menos espero #risos

Hoje me senti pensativa... Mas não sei exatamente o que quero escrever.
Acho que só quero curtir uma boa música, como A Coisa mais Linda que Existe - Silva, na minha playlist.




Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Altruísmo

No evento do Empreendedora Imparável que fui no dia 07/05, uma das palestrantes nos desafiou a perguntar pessoalmente ou publicar em redes sociais perguntando sobre 3 características que pensava e observavam ao me ver. Foi desafiador por conta do receio e ansiedade na possibilidade de ter respostas negativas, mas me surpreendi!

Das vária palavras, houve uma caraterística que estava em quase todas as respostas - Altruísta -, achei bem interessante e curioso, fiquei fez em saber que parte da minha imagem transmite essa virtude tão importante e mal compreendida. Com isso vim hoje explanar um pouco sobre Altruísmo.

O altruísmo é um comportamento voluntário direcionado para ajudar alguém, no qual o altruísta incorre em risco ou custo e não visa recompensas externas (Oliner, 2002), sendo um tipo de comportamento pró-social (Eisenberg et al., 1999). Emoções orientadas para os outros, como compaixão e simpatia, fazem parte da experiência empática e podem originar comportamentos pró-sociais (Eisenberg et al., 1989; Klimecki & Singer, 2011).

E parando para pensar nisso, realmente quando me dou conta estou ajudando e buscando soluções para dificuldades do outro em minha mente, e observo se possui a abertura suficiente para perguntar se precisa de ajuda ou se já posso partir para a ação logo de cara. Até chegar nessa parte de observar e perguntar primeiro, foi um tanto quanto demorado (risos), antes disso houveram muitos momentos em que fui podada por ser mal compreendida e chamada de alguns adjetivos desagradáveis. 

Passamos, amadurecemos e aprendemos sobre como fazer a bondade e gentileza nos momentos e com as pessoas certas. Infelizmente, digo infelizmente mesmo, ainda há momentos em que muitos agem como lobos em pele de cordeiro, e aqueles que se dispõe de forma verdadeira são vistos como intrometidos, fingidos e até expansivos. Com o passar dos anos e experiência pude aprender um pouco mais a diferenciar tais situações, que são bem perceptíveis quando passamos a observar a intenção por trás.

Gosto sempre de dizer que a vida, Universo e Deus nos dão sinais sobre o que precisamos aprender, basta termos calma e maturidade para ver, entender e aceitar. E parece que o mais difícil é executar essas duas últimas ações(risos), mas não impossível, nada que a terapia não nos ajude a resolver.

E falando em terapia, hoje tenho. Sim! Eu também faço terapia pelo bem da minha mente, ressignificar e amadurecer dói mas não precisam ser insuportáveis, podemos contar com ajuda. E que bom que temos profissionais para nos orientar! 

Muitas vezes pensamos que ir a um profissional para cuidar de nossa mente é tabu, que as pessoas vão julgar, que falta religião, mas nossa mente é mais uma parte do nosso corpo que também precisa tanto de atenção como damos ao nosso coração, ficamos preocupados com o coração por estar comendo frituras demais mas não nos preocupamos com o sono de qualidade para descansar a mente
 
Precisamos buscar ser altruístas consigo mesmo. Faz bem pra gente e para quem está a nossa volta. 

Te vejo na terapia 🌹

Eisenberg, N., Fabes, R. A., Miller, P. A., Fultz, J., Shell, R., Mathy, R. M., & Reno, R. R. (1989). Relation of sympathy and personal distress to prosocial behavior: a multimethod study. Journal of Personality and Social Psychology, 57(1),55-66.     

Eisenberg, N., Guthrie, I. K., Murphy, B. C., Shepard, S. A., Cumberland, A., & Carlo, G. (1999).Consistency and development of prosocial dispositions: a longitudinal study. Child Development, 70(6),1360-1372. 

Oliner, S. P. (2002). Extraordinary acts of ordinary people: faces of heroism and altruism. In: S. G. Post, L. G. Underwood, J. P. Schloss & W. B. Hurlbut (Eds.), Altruism and altruistic love: science, philosophy and religion in dialogue (pp. 123-139). Nova Iorque: Oxford University Press.