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Sacudindo a poeira: recomeços, autocuidado e escuta de si

Me sentindo enferrujada mas estamos aqui! 
Anos sem escrever, focada somente em seguir e cumprir todas as cobranças sociais impostas para nós e ditas como socialmente correta, Formar, arrumar um emprego, casar, ter filhos e assim sucessivamente.

Atualmente cheguei nos desafios que envolvem o Ter filhos, Todos os impactos que aparecem e sacrifícios e surpresas e amadurecimento... Tudo que acontece quando chegamos nessa parte.

Durante esse tempo e vivenciando meu processo para também lidar com as cobranças sociais, aprendi algumas coisas, mas a mais difícil e necessária foi a de ouvir e repetir a frase - Tenha paciência! -. Tudo que eu fazia requer paciência, comer, ver um filme, ler um livro, esperar alguém, esperar ter o dinheiro conta para comprar algo, esperar para poder comer um prato desejado, resolver alguma demanda no trabalho. Absolutamente tudo era necessário ter paciência, principalmente comigo mesma. E com o passar do tempo fui percebendo que eu estava, em alguns momentos ainda estou, bem impaciente e intolerante. 

Era meu cérebro em estado de ansiedade, somente urgência e preocupação pairavam em meus pensamentos. E com isso a necessidade de fazer as coisas correndo, além de querer resolver tudo, por ter a sensação de que "não daria tempo" ou então "não sei se vou dar conta". Isso me fez adquirir alguns cabelos brancos e vivendo sempre apressada, deixando de lado partes importantes e necessárias em nossa vida.

Acabava que com a preocupação de atender essas cobranças sociais, me esquecia da melhor parte, dos Detalhes, são eles que fazem a vida ter sentido, que fazem a diferença em nossa rotina e preenchem parte de nossos vazios. Como por exemplo, o prazer de tomar um banho após um dia de trabalho cheio, ou como o momento em que preparamos nosso café de manhã, dosagem de pó, temperatura da água. Detalhes que fazem os momentos serem únicos em nossa vida. Que muitas vezes, a preocupação de não ter tempo nos cega para tais sutilezas.



Sacodir a poeira para voltar a escrever, foi uma decisão que aconteceu quando decidi trocar de carreira, sair de uma empresa para começar algo meu, o Universo me mostrou uma pequena luz sobre um hábito de anos atrás, colocado debaixo do tapete. Esse blog inicialmente tinha o objetivo de ser uma ferramenta terapêutica em minha adolescência, para me ajudar a lidar com a Depressão e Transtorno de Ansiedade, foi tão bom para mim que rendeu vários textos, com várias temáticas que estou modificando e ajustando aos poucos!

Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.


Hoje vejo que toda essa movimentação foi necessária para chegar onde estou hoje. E se o Universo me trouxe essa luz novamente, acredito que seja um pequeno sinal de que sacodir a poeira era necessário, e escrever que tanto me deixava feliz em fazer não precisava ser deixado de lado. 

Nesse novo momento, um dos meus objetivos é escrever textos sobre experiências e aprendizados que tive e tenho, lidando com as adversidades e maravilhosidades que a vida proporciona. Escrever sobre percepções e falar um pouco mais sobre gostos e particularidades que com certeza, vocês também têm ! #risos

Te vejo no próximo post.

💖

Nº IV - Entre Sessões e Silêncios: Entre uma Neosa e uma verdade difícil

Nº IV

Já se passou uma semana desde a última sessão de terapia. 
Sobrecarga foi o tema conversado, e as consequências disso. Seria de trabalho? De decisões tomadas? De tentativas constante de manter tudo sob controle? Ou até de todas as opções anteriores.
Era uma sobrecarga de vida — de ser mulher, mãe, profissional, cuidadora de todos… e com imensa dificuldade de pedir socorro.

Refletiu sobre ... Quando tudo começou? Onde foi que se perdeu nesse caminho? Era um peso antigo, silencioso, ou algo recente, que chegou de mansinho e se instalou? Se deparou com uma verdade difícil: estava sobrecarregada por querer agradar demais aos outros — e esquecer de si. De mover montanhas para quem não subia uma ladeira por ela, e ainda ouvir que não precisava que ela fez porque quis. Como se o cansaço fosse escolha.

Estava sobrecarregada de carregar o orgulho, de precisar se defender de tudo — até do que fazia para se sentir viva, de achar que não dava conta porque alguém disse que seria difícil demais o fardo.
Decidiu aceitar a sobrecarga, das tarefas de casa, do cuidado com a filha e das demandas do trabalho, mas não mais aceitar as migalhas alheias. As que vinham de má vontade, e ainda assim pesavam mais do que todo o resto.

Decidiu fazer para si. Expectativas? -Tss- está aprendendo a não se prender a elas. E, principalmente, a não criá-las. Se abriu para isso tudo que é ser ela mesma, seja cansada e querendo ficar em silêncio, seja eufórica querendo falar sobre tudo que aconteceu no seu dia, seja na calmaria de um fim de dia, seja na agitação de uma segunda feira. Que não tem o controle de tudo, e tá tudo bem. Está aprendendo a tirar lições da experiência — seja ela passada, presente, ou futura.

O estresse virou uma dor de cabeça, que uma Neosa resolveu, e desde então coisas novas nasceram, possibilidades surgiram.

E ela decidiu: vai agarrá-las pelas barbas.

Grata por ler !

💋💋

A arte de se adaptar: Como a Inteligência Emocional nos ajuda a lidar com o inesperado

A vida não pede permissão para mudar e muito menos nos manda avisos. Ela se transforma exigindo que nos reinventemos a cada desafio. Planejamos, organizamos, traçamos rotas… e, de repente, tudo o que parecia certo fica fora de controle e trazendo o grande questionamento na mente - O que faço agora?-. Será que existe a possibilidade de lidar com essas mudanças sem perder o equilíbrio?

Por que resistimos às mudanças?

Diante da incerteza, nossa mente nos leva a resistir e até resistir. Queremos segurança, previsibilidade, amparo, um terreno sólido sob os pés. Afinal, o desconhecido assusta. Mas a verdade é que a vida não se curva a nossas vontade e necessidade de controle. Quanto mais tentamos lutar contra o fluxo das mudanças, mais nos desgastamos. Aprender a fluir nas ondas das emoções pode trazer resultados mais duradouros e assertivos.

A inteligência emocional como chave da adaptação

Inteligência emocional não significa evitar emoções difíceis, mas saber interpretá-las e usá-las a nosso favor. Quando algo foge do nosso controle, podemos reagir com frustração e medo ou podemos enxergar a situação como uma oportunidade de aprendizado. Quando aprendemos que a rigidez leva à ruptura, enquanto a flexibilidade permite o crescimento, compreendemos sobre nosso processo de amadurecimento.

Cada mudança inesperada é um convite para olhar para dentro. Nos oferece a oportunidade de se questionar - O que essa situação tem a me ensinar? De que forma posso me reinventar sem perder minha essência? - Essas perguntas transformam desafios em possibilidades, permitindo que enxerguemos além do problema imediato.

Adaptar-se é evoluir

Adaptar-se não é ceder, não é desistir, é compreender que a rigidez quebra, mas a fluidez transforma. Assim como a água contorna obstáculos sem perder sua natureza, precisamos aprender a flexibilizar nossas certezas para não nos tornarmos prisioneiros delas.

No fim das contas, não é a vida que precisa se moldar a nós, mas nós que precisamos aprender a dançar ao ritmo dela. A capacidade de adaptação é a ponte entre o sofrimento e a evolução. E quanto mais cedo compreendermos isso, mais leves e resilientes nos tornamos.


Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋

Se adaptar às mudanças sem pirar: Dicas da TCC

A vida tá sempre mudando, e nem sempre essas mudanças vêm de forma tranquila. Se adaptar pode ser difícil e, muitas vezes, gera muita ansiedade. Mas dá pra aprender a lidar melhor com isso, acredite se quiser. Escolhi escrever hoje, sobre como a psicoterapia baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode te ajudar a encarar as mudanças sem tanto estresse. Mas primeiro...

O que é Adaptabilidade e Por que isso é importante?

Ser adaptável é basicamente conseguir lidar com novas situações, da melhor maneira dentro da sua possibilidade, sem sofrer tanto. Como o mundo tá sempre mudando, essa habilidade faz toda a diferença - que também tá junto com a resiliência mas aí é outro papo-. Se a gente tem dificuldade pra se adaptar, acabamos sentindo mais insegurança, estresse e ansiedade.

Ansiedade e Dificuldade de Mudança: Qual a Relação?

Sentir ansiedade quando algo muda é super normal. O problema é quando esse medo atrapalha sua vida. Alguns sinais de que a ansiedade tá pegando pesado:

  • Pensar no pior cenário sempre;

  • Medo de sair da zona de conforto;

  • Procrastinar mudanças importantes;

  • Ter sintomas físicos, como tensão muscular e insônia;

A boa notícia? A TCC tem ferramentas bem práticas pra te ajudar a reduzir a ansiedade e aumentar sua capacidade de adaptação.

Seguem as dicas:

A TCC mostra que nossos pensamentos influenciam como nos sentimos e agimos. Com algumas mudanças na forma de pensar, dá pra enfrentar as mudanças de um jeito mais tranquilo. Olha só:

1. Mudança de pensamento

A famosa reestruturação cognitiva te ajuda a transformar pensamentos negativos em algo mais realista. Por exemplo:

  • Pensamento inicial: "Não vou conseguir lidar com essa mudança."

  • Pensamento ajustado: "Vai ser um desafio, mas posso aprender a lidar."

2. Enfrente o Medo aos Poucos

Se esconder das mudanças só aumenta o medo. A ideia aqui é ir se expondo aos poucos, pra mostrar pro seu cérebro que você consegue lidar com isso.

3. Respira Fundo e Relaxa

Técnicas como mindfulness, relaxamento muscular progressivo e exercícios de respiração ajudam a manter a calma e a clareza para encarar as mudanças.

4. Planeje e Siga no seu ritmo

Quebrar grandes desafios em pequenas metas faz tudo parecer menos assustador. Cada pequena conquista te dá mais confiança pra seguir em frente.

5. Seja gentil com você mesmo

Mudanças não são fáceis e tá tudo bem não acertar de primeira. Se tratar com mais paciência e aceitação ajuda muito nesse processo. Quando perceber que está difícil abrace alguém por mais de 30 segundos, ou abrace um travesseiro pelo mesmo tempo e sinta o acolhimento.

Saber se adaptar é essencial pra ter uma vida mais leve, se a ansiedade tá te travando, buscar ajuda profissional pode ser um ótimo passo pra melhorar seu bem-estar.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋

Nº III - Entre Sessões e Silêncios: O Encontro com a Vulnerabilidade

Nº III

Mais uma sessão de terapia, mais um questionamento que insiste em ecoar na mente, como se fosse um sussurro que nunca se cala. Uma conversa densa, tensa e profunda. Retrospectivas se desenrolaram como filmes antigos, ciclos finalmente foram entendidos e, assim, teve início o doloroso e libertador processo de encerrá-los. Quantas vezes esse cenário se repetiu? Quantas vezes a vida foi ressignificada, não apenas pelos aprendizados obtidos, mas pela coragem de mudar o modo de enxergá-la?

E então veio o questionamento. Simples, quase discreto, mas carregado de uma verdade crua. Fez tanto sentido que começou a enxergá-lo em seus pacientes. Decidiu testá-lo, como quem planta uma semente e aguarda. Os resultados foram surpreendentes.

É na vulnerabilidade que encontramos nosso pertencimento.

Mas como lidar com essa vulnerabilidade? Um questionamento assim não é apenas um ponto de reflexão; é uma jornada. Às vezes, dolorosa, pois exige encarar aquilo que escondemos até de nós mesmos. E não é que seja nossa escuridão, como muitos acreditam. Talvez seja algo ainda mais delicado: a voz abafada de uma criança interior, que machucada, só quer ser acolhida. Essa criança pede o toque de um olhar gentil, um gesto de empatia, um beijo simbólico para sarar feridas que insistem em latejar.

O que nos torna pertencentes quando nos mostramos vulneráveis? E o que nos faz vulneráveis ao tentar pertencer? Essas perguntas carregam uma profundidade quase inquietante. Elas nos obrigam a enfrentar nossas facetas, aquelas que construímos para mascarar nossos medos de rejeição e julgamento. São perguntas que pedem um mergulho corajoso nas águas mais escuras de nosso ser.

Olhar para isso é como descer ao próprio poço. É um movimento silencioso, introspectivo e, muitas vezes, solitário. Apenas quem se aventura sabe como é reconhecer cada detalhe daquele espaço interno: as rachaduras nas paredes, os ecos que se confundem com nossa própria voz. E o mais impressionante é perceber que, mesmo lá, naquele fundo aparentemente inóspito, existe vida. Existe pertencimento.

Subir novamente não é apenas um ato de superação, mas de escolha consciente. É a decisão de acolher aquela parte frágil, de integrá-la, de mostrar-lhe que há beleza mesmo naquilo que julgamos imperfeito. É ensinar a si mesmo que a vida não é feita apenas de paisagens iluminadas, mas também dos pequenos instantes de sombra que nos convidam a descansar, refletir e crescer. E assim seguimos, rolando pelo caminho, não com pressa de chegar, mas com a leveza de quem aprende a apreciar a jornada.

Grata por ler !

💋💋 

Nº II - Entre Sessões e Silêncios: Naquela quinta, ela tinha Terapia.

Nº II

A quinta-feira amanheceu nublada. Pela manhã, tempestades marcaram presença: algumas pessoas reclamavam por terem se molhado, enquanto outras agradeciam pela chuva. O trânsito estava mais lento, e, mesmo com o céu cinza, o calor nos lembrava que era apenas mais uma típica chuva de verão. À tarde, o sol apareceu, iluminando o dia com sua cor e luz, trazendo consigo um céu limpo e um azul vibrante. O clima renovou a energia das ruas: mais pessoas circulando, mais barulho, mais vida. Assim passou a quinta-feira, com suas Quintanices.

Naquela quinta, ela tinha terapia. Organizou seu dia, seguiu a rotina matinal, lavou roupas, reparou as demandas a serem faladas e decidiu levar um bolo para compartilhar na sessão. Ao chegar, seguiu o ritual de sempre: pegou um copo d’água, entregou o bolo, e, com tudo preparado, começou a conversa. Entre tantos pontos levantados, havia um que a inquietava há anos.

Refletiu profundamente sobre a origem daquela questão. Seria algo errado com ela ou do ambiente em que vivia, o que ela precisava aprender com aquilo. Difícil chegar em uma conclusão quando envolve algo antigo. E ainda sim, havia disponibilidade. Insistiu. Sentiu uma aperto no coração. E, finalmente, disse o que precisava. Mais do que isso, ouviu o que precisava. Foi como arrancar um curativo de uma ferida já cicatrizada, mas que ainda era tratada como aberta e grave.

Se sentiu aliviada, com a sensação de que uma janela havia sido fechada e uma nova porta se abriu — um novo caminho, um novo aprendizado. Foi difícil fechar a janela, ela que sempre foi um ponto de vista e um direcionamento, o apego era muito forte e o medo de abrir a porta maior ainda. Foi necessário fazer o que precisava ser feito, mesmo que ela não gostasse. E depois foi ela quem mais gostou dos resultados que vieram. 

Naquele dia, entendeu que o orgulho a fazia carregar responsabilidades e lutar batalhas que não eram suas. Compreendeu que, em algumas situações e com certas pessoas, o melhor é apenas aceitar. A mudança, afinal, não depende dela, mas exclusivamente do outro. Naquela quinta-feira, ela foi à terapia. Naquela quinta-feira, ela aprendeu sobre aceitação. Ela aprendeu mais um pouco sobre si.

Grata por ler !

💋💋 

Um mundo fora do virtual, o Nosedive disfarçado

Nos últimos dias, tomei a decisão de reduzir ainda mais o tempo nas redes sociais. Esse pequeno ajuste me permitiu redirecionar a atenção para as atividades cotidianas e os pequenos detalhes que as acompanham. Com o passar do tempo, percebi mudanças significativas: minha ansiedade se tornou mais consciente, a desatenção começou a diminuir e minha percepção dos fatos ao redor se tornou mais aguçada.

O Efeito das Redes Sociais em Adultos

Embora os impactos negativos do uso excessivo de telas em crianças sejam amplamente discutidos, pouco se fala sobre os efeitos das redes sociais na saúde mental dos adultos. O uso prolongado influencia a rotina, os relacionamentos e até mesmo a interação social, muitas vezes nos colocando em uma posição de isolamento.

Esse isolamento não é apenas físico, mas também emocional. Ele nos leva a buscar incessantemente atenção, pertencimento e afeto no pequeno quadrado luminoso que carrega uma oferta infinita de dopamina. Essa armadilha digital nos impede de vivenciar plenamente a vida real, afastando-nos de interações genuínas e nos deixando vulneráveis a sentimentos de solidão e ansiedade.



Como Diminuir o Tempo nas Redes Sociais

Reduzir o tempo nas redes sociais é um passo essencial para reconectar-se com o momento presente e preservar a saúde mental. Aqui estão algumas práticas simples que podem ajudar:

  1. Estabeleça limites de uso: Utilize aplicativos de controle de tempo ou configure horários específicos para acessar redes sociais, alguns possuem essa possibilidade dentro deles mesmos.
  2. Crie momentos offline: Invista em hobbies, atividades ao ar livre ou até mesmo em momentos de pausa sem dispositivos.
  3. Exercite a atenção plena: Práticas como meditação, respiração consciente e registro de gratidão podem ajudar a focar no agora.
  4. Cultive conexões reais: Dedique tempo de qualidade a conversas presenciais, encontros com amigos e atividades em família.

Os Benefícios de Estar no Momento Presente

A vida real oferece sensações e experiências que não podem ser replicadas digitalmente. Ao reduzir o tempo nas redes sociais, você pode:

  • Redescobrir habilidades e talentos.
  • Melhorar a percepção do ambiente ao seu redor.
  • Fortalecer relacionamentos e conexões humanas genuínas.

                                         

Embora falar sobre os benefícios do momento presente seja comum, é crucial discutir como podemos nos manter nele. Esse desafio envolve escolhas diárias que podem transformar não apenas nossa percepção, mas também a forma como vivemos.

Reconectar-se com a vida real não significa abandonar a tecnologia, mas aprender a equilibrá-la. Como o episódio “Nosedive” de Black Mirror alerta, precisamos evitar que nossas vidas sejam regidas pela necessidade de aprovação virtual e cultivar a riqueza das experiências. É um convite para vivenciar plenamente o presente, cultivar interações significativas e redescobrir o que nos faz verdadeiramente humanos.


Como você pode cultivar mais momentos presentes em sua rotina hoje?


Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋

Tomaram minha filha do meu colo, e agora?” — O que é respeitar uma criança?

Muitas mães e pais já passaram por isso. Talvez nem tenham percebido as consequências do ato, ou tenham sentido um aperto no coração, mas preferiram relevar. Trouxe esse exemplo hoje para conversarmos um pouco sobre o desrespeito infantil.

Em tempos em que repensamos o impacto do nosso comportamento e da mídia na infância, é urgente refletir: onde começa o desrespeito com a criança? Muitas vezes, ele é cultural, tão comum que passa despercebido. E me pergunto: será que a aceitação de relações tóxicas na vida adulta tem raízes em uma educação desrespeitosa?

                                                          Tomaram minha filha do meu colo, e agora?” — O que é respeitar uma criança?

Desde bebês, aprendemos regras sociais e comportamentos esperados. Meninos e meninas sentem o peso dos padrões impostos — como o ideal de masculinidade ou a cobrança sobre como uma menina deve se portar. Muitas vezes somos ensinados a calar sentimentos, a obedecer sem questionar, a “aceitar” porque é da família ou porque é mais velho.

Quem nunca ouviu na infância: “Isso é assunto de adulto”, “Você não entende ainda”? Essas frases, por mais comuns que pareçam, reforçam uma educação que invalida a criança como sujeito.

Quando lemos os Direitos das Crianças e Adolescentes, nos deparamos com itens básicos: alimentação, higiene, saúde... Coisas óbvias, mas que só estão ali porque ainda são negligenciadas. E o respeito também está entre esses direitos.

                                                               Tomaram minha filha do meu colo, e agora?” — O que é respeitar uma criança?

Muitas vezes, repetimos padrões sem perceber. Agimos no automático, porque foi assim conosco. E não estamos falando de permissividade, mas de respeito real: escutar, observar, validar, ensinar com empatia.

Sim, sei que esse é um tema polêmico. Ainda há quem defenda uma criação baseada no medo ou na obediência cega. Mas educar com respeito não é abrir mão dos limites. Pelo contrário: é justamente colocá-los de forma mais consciente.

Então... tomaram minha filha do meu colo. E agora?

Minha resposta pode parecer simples: tenha bom senso.

Observe o contexto:

  • Quem foi a pessoa?

  • A criança se sentiu segura ou desconfortável?

  • Foi algo pontual e carinhoso ou uma imposição desnecessária?

Se houve desconforto, pontue. Se necessário, converse com calma com quem agiu. E mais importante: converse com seu filho. Mostre que ele tem voz. Que pode (e deve) ser respeitado desde cedo.

                                                         Adulto acolhendo criança no colo com carinho e respeito em ambiente familiar

Mas então, posso deixar meu filho fazer tudo o que quer?

Claro que não. Respeitar uma criança não significa ausência de limites. Rotinas como escovar os dentes, tomar banho, se alimentar bem são inegociáveis. Mas se ela não quiser cumprimentar alguém, não quiser sair do seu colo ou preferir não conversar, está tudo bem. São escolhas sobre o próprio corpo e espaço.

Esse tema sempre gera reflexões profundas na terapia. O respeito que oferecemos hoje às crianças molda o tipo de amor e aceitação que elas vão esperar (e permitir) no futuro.

Você gostaria de ser tratado da mesma forma que trata uma criança?

Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋

A vida como ela é (reflexão após assistir Soul)


Trecho do filme Soul com a personagem 22 observando a vida com simplicidade

Várias mudanças e evoluções surgem no nosso dia a dia — na tecnologia, nos conceitos sociais, nas tendências de moda, cores e estampas. Pequenas transformações que, se olharmos com atenção, causam impactos significativos.

Uma mudança que me chamou atenção — principalmente depois que a maternidade chegou — foi como os filmes infantis mudaram de temática. Hoje, vemos histórias que resgatam valores profundos e fazem nós, pais, refletirmos também. Entre vários lançamentos recentes, o que mais me marcou foi o filme Soul, da Disney Pixar.

Uma animação com trilha sonora envolvente, efeitos visuais delicados e uma narrativa sensível que nos convida a pensar:
Qual é o verdadeiro sentido da vida? Qual é a nossa missão?

Depois que assisti, senti que estava me perdendo na rotina e me esquecendo do essencial: ser grata e apreciar as pequenas coisas.
Como ouvir uma boa música com fone, brincar com minha filha após um dia corrido, sentir o aroma da comida no fogão... Coisas simples, mas que preenchem nossa alma.

                                                        A vida como ela é (reflexão após assistir Soul)

E não era só isso — eu também havia parado de reconhecer minhas próprias transformações. As conquistas pessoais e profissionais, os processos de amadurecimento e superação.

É comum ouvirmos frases como:
— “Ah, mas quando não tem filhos é fácil.”
— “Quando não é casado, é tranquilo.”
— “Quando tem dinheiro sobrando até eu!”

Mas, será?
As crianças — até uma certa idade — se divertem com uma tampinha, uma chave ou um papel colorido. São os adultos que ensinam que a felicidade está no ter, e não no ser. Imersos nas cobranças e na rotina, acabamos esquecendo de olhar com atenção para o presente e para a família que construímos.

E me peguei pensando:
A criança que eu fui teria orgulho do adulto que me tornei?

Essas mudanças sutis em filmes como Soul me tocaram profundamente. Há uma cena em que a alma 22 aprecia algo comum, corriqueiro. E ali percebi que eu também havia parado de me permitir ver a beleza nas pequenas experiências do dia a dia.

A transitoriedade é inevitável. E como diz o paradoxo da dicotomia, o que realmente importa é o caminho.

A vida acontece agora.

Até a próxima.
Te vejo na terapia. 💋

Oh Coração: um poema de despedida, saudade e amadurecimento

Esse é só mais um mergulho pelos mares da poesia e das rimas. Um texto escrito por mim em 24/07/2012 e repostado agora, com um novo olhar. Quantos anos, quanta coisa mudou. Relembrar esse desabafo é perceber como amadureci, como as dores antigas se tornaram aprendizado e lembrança.

Na época, eu vivia o luto do fim de um relacionamento longo. Estava com o coração machucado e sem saber como lidar com o que sentia. Hoje, olho para esse texto com carinho, e deixo aqui registrado esse trecho de uma fase tão intensa da minha vida:

"Oh, Coração, por que insistes em sofrer por alguém que só lhe machucou...?
Você vive distraído com outro amor, mas quando tens a oportunidade, se tortura com as ofensas que lhe foram feitas e com as lembranças de momentos eternos que tiveram fim.

Oh, Coração, por que me faz pensar de forma tão traiçoeira?
Quando começo a me sentir bem, você ressurge com sua ferida ainda recente, tentando fazê-la sangrar e reviver a dor...

Imploro aos céus que ajudem esse coração ferido,
Que ainda tenta esquecer as mágoas, mas insiste em revivê-las.

Oh, Coração, será que gostas de sentir tudo isso novamente?
Minha mente vaga no tempo, buscando brechas entre as memórias que me atacam,
Para não pensar, para não recordar um passado que não vale mais a pena.

Oh, Coração, só te peço uma folga.
Desabafe quando for preciso, mas não torture minha mente.
Tu até podes suportar esse sentimento,
Mas minha mente se desfaz quando atacada por tuas lembranças perfeitas —
De momentos sublimes de um amor que não deu certo, mas que insistes em manter vivo...

Razão, que guia minhas ações, me ajude a controlar esse coração desenfreado.
Esse coração que quer se entregar novamente,
Mas que insiste em manter, nem que seja uma faísca,
De uma paixão que quase não existe mais.

Razão, ajude esse coração a esquecer.
Ou pelo menos, a deixar de lembrar.
Ajude-o a se entregar como meu corpo deseja
E minha alma grita — desesperada de vontade.

Oh, Coração, por favor!
Te imploro: tenha piedade de minha alma desolada.
Tenha compaixão com minha mente.
E que sejas voraz quando enfim se entregar,
Para sentir o gosto sublime de pensar em si mesmo como um ser esplêndido."**

Sofrer por amor, por mais doloroso que seja, pode ser uma das experiências mais enriquecedoras da vida. Amar — e continuar capaz de amar, depois de tudo — é uma força linda de se ver.

E você? Já sofreu por amor alguma vez? Me conta nos comentários 🥰

Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋

Raiva que te quero bem

O acolhimento e o reconhecimento da raiva são aspectos essenciais para a saúde emocional e mental. Vamos conversar um pouco sobre a importância de entender e lidar com a raiva de forma saudável, destacando os benefícios que essa prática pode trazer para o bem-estar geral.

Por que é importante acolher e reconhecer a raiva? A raiva é uma emoção natural e inevitável que todos experimentamos em algum momento na vida. No entanto, muitas pessoas tendem a reprimir ou ignorar essa emoção devido a preconceitos sociais, medo de confronto ou medo do julgamento. Isso pode levar a consequências negativas para a saúde mental, como estresse crônico, ansiedade e problemas nos relacionamentos. Ao acolher e reconhecer a raiva, permitimos a nós mesmos sentir e expressar essa emoção de maneira saudável, o que pode levar a uma melhor compreensão de nós mesmos e dos outros.

Benefícios do acolhimento da raiva:

  1. Autoconhecimento: Reconhecer a raiva pode oferecer insights valiosos sobre nossos sentimentos, necessidades e limites pessoais, nos ajudando a desenvolver uma maior consciência emocional e a tomar decisões mais conscientes em nossas vidas.
  2. Redução do estresse: Suprimir a raiva pode levar ao acúmulo de estresse e tensão emocional. Ao permitir-se sentir e expressar a raiva de maneira saudável, podemos liberar essa energia negativa e reduzir os níveis de estresse em nosso corpo e mente.
  3. Melhoria dos relacionamentos: A raiva reprimida pode causar ressentimento e conflito nos relacionamentos. Ao comunicar nossas preocupações e limites de maneira assertiva, podemos promover uma comunicação mais aberta e construtiva com os outros, fortalecendo os laços interpessoais.
  4. Empoderamento pessoal: Lidar com a raiva de forma construtiva nos dá um senso de controle sobre nossas emoções e comportamentos. Isso nos permite enfrentar desafios de maneira mais eficaz e tomar medidas para proteger nosso bem-estar emocional e saúde mental.
  5. Crescimento emocional: Enfrentar e superar a raiva pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal e o desenvolvimento emocional, pois ao aprender a lidar com a raiva de maneira saudável, podemos fortalecer nossa resiliência emocional e cultivar relacionamentos mais gratificantes e satisfatórios.


Como praticar o acolhimento da raiva:

  • Reconheça e valide seus sentimentos de raiva, sem julgamento.
  • Encontre maneiras saudáveis de expressar a raiva, como conversar com um amigo de confiança, praticar exercícios físicos ou escrever em um diário.
  • Desenvolva habilidades de comunicação assertiva para expressar suas preocupações e limites de maneira clara e respeitosa.
  • Pratique a auto-compaixão e o perdão, tanto para si mesmo quanto para os outros, como parte do processo de acolhimento da raiva.


Acolher e reconhecer a raiva pode ser difícil em muitos momentos - E tudo bem ! - isso também é uma parte essencial do autocuidado e da saúde emocional. Ao permitir-se sentir e expressar essa emoção de maneira saudável, você pode experimentar uma maior autoconsciência, redução do estresse e melhoria nos relacionamentos. Lembre-se de que é normal sentir raiva e que aprender a lidar com essa emoção pode trazer benefícios significativos para sua saúde mental e bem-estar geral.

Nem sempre é fácil, e muito menos simples, mas jamais será impossível.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


💋💋

Carta para a Mini Carol: acolhendo a criança interior e reconhecendo o próprio amadurecimento


acolhendo a criança interior e reconhecendo o próprio amadurecimento

Para chegar no tema do post anterior — o adulto saudável — eu fiz uma atividade terapêutica que me marcou profundamente.

A proposta era simples, mas tocante:
“O que a Carol de hoje diria para a Mini Carol se a encontrasse agora?”

Escrevi uma carta.
Chamei essa criança de Mini Carol.
E o que parecia um exercício leve, acabou se tornando uma jornada de reconexão, compreensão e lágrimas.


💌 Relembrar para acolher

No decorrer da carta, me emocionei muito.

Vieram memórias de mágoas, tristezas e obstáculos…
Mas também de alegrias, conquistas, afeto.

Tudo isso me fez perceber o quanto amadureci.
O quanto desenvolvi resiliência, paciência e autocompaixão.
E o quanto isso me ajudou a ser uma mulher mais consciente, especialmente na maternidade.


🤱 Maternidade, trauma e transformação

O nascimento da minha filha me fez encarar um abismo.

O medo, a ansiedade, a culpa e as inseguranças vieram com força — não só por conta da nova rotina, mas pelas transformações físicas, emocionais e pelos traumas de infância que voltaram à tona.

Foi na terapia que comecei a ver esse processo com mais clareza.

Aos poucos, fui entendendo: eu estava amadurecendo.
E esse amadurecimento foi moldado por olhar para a minha criança interior e acolhê-la.


✨ Confie em si mesma

Na carta para a Mini Carol, repeti muitas vezes:
“Confie em si mesma e no seu processo.”

Disse que ela se magoaria com pessoas queridas, mas que isso a ensinaria sobre o que não gostaria de se tornar.
E que, mesmo com dificuldades, ela aprenderia a se cuidar com mais amor e consciência.


🌿 Acolher a criança interior é um ato de cura

Olhar para nossa criança interior é um gesto de coragem.

É quando aceitamos que agora somos os adultos que podem oferecer proteção, clareza e afeto àquela versão pequena de nós.

Quando fazemos isso, desfazemos nós antigos, curamos partes feridas e passamos a ver a vida com mais leveza.


🎧 Para acompanhar a reflexão

No próximo post, quero falar sobre uma música que tocou profundamente nesse processo:
“Birds” — Imagine Dragons.

Até lá…
Te vejo na terapia. 🌱





Nº I - Entre Sessões e Silêncios: Uma crônica de Segunda

Nº I


É segunda feira a tarde, estava quente como de costume. Resolvi conhecer uma cafeteria nova que abriu na cidade. Uma decoração moderna, com pontos literários como referência e um aroma típico de café.
Estava vazia, somente eu e os funcionários do local, pedi um chocolate quente e um pão na chapa - sou uma mineira pela metade, não tomo café -. Na prateleira estavam livros e dentre eles todos os contos e crônicas de Clarice Lispector, além de outras, mas essas em questão me chamaram a atenção. 

Pedi ao balconista se eu podia ler enquanto comia e apreciava minha bebida, ele me permitiu e escolhi os contos de Clarice. O triunfo - era o título do conto que escolhi ler -, pra falar a verdade era o primeiro do livro e fiquei com ele mesmo. Era mais um conto sobre um casal que já não se suportava mais, com excesso de dependência emocional e como a protagonista lidou com o fim. - Interessante- Pensei quando terminei de ler. A escrita de Clarice, na minha opinião, sempre traz algum gatilho que no leva a pensar sobre alguma situação que passamos ou estamos passando.

Quando terminei a leitura, parei. Respirei fundo. Senti uma tranquilidade mental e uma disposição emocional considerável. Pensei em quantas vezes deixei de fazer algo do tipo, jogando a culpa na maternidade, nas tarefas de casa, no casamento, em qualquer coisa que viesse na mente. Sei lá porque... Medo? Preguiça? Insegurança? A ideia de que não mereço? Vai saber. Quantas vezes deixei de conectar comigo mesma e admirar. De passar um tempo de qualidade, que para mim é algo muito importante. 

Ouvi a conversa dos funcionários, estavam usando técnicas com os tipos de café e analisando os resultados. Os aromas que vinham e sabores. Foi divertido observar esse movimento humanos. Descobertas de sensações. Me fez me conectar comigo mesma, sacodir a poeira que se acumulou, olhar para o que surge e começar de novo. Logo pensei - Eu precisava disso! -.



Uma amostra de uma ideia em construção. 

Grata por ler !

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A Empatia como Parte do Desenvolvimento Cognitivo: Cultivando a Habilidade de Compreender o Outro

O desenvolvimento cognitivo de uma criança é uma jornada fascinante e complexa, moldando a maneira como elas pensam, resolvem problemas e interagem com o mundo ao seu redor. Dentro desse processo de crescimento, a empatia aparece como uma habilidade fundamental que desempenha um importante papel na formação de relacionamentos saudáveis e na construção de uma sociedade mais compassiva e inclusiva.

O que é Empatia?

Empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos e perspectivas emocionais de outra pessoa. Um pouco diferente da simpatia, que envolve apenas sentir pena ou compaixão pelas emoções de alguém. A empatia permite que as crianças se coloquem no lugar dos outros, entendendo como eles se sentem e respondendo de maneira apropriada.



Desenvolvimento Cognitivo e Empatia

A empatia não é inata, ela se desenvolve ao longo do tempo e está interligada com o crescimento cognitivo da criança. À medida que as habilidades cognitivas se expandem, a criança se torna mais capaz de entender as complexidades das emoções humanas. Vejam como a empatia vai se desenvolvendo e aparecendo durante o desenvolvimento cognitivo:

  • Por volta dos 4 anos, as crianças começam a desenvolver a chamada "teoria da mente" — a capacidade de compreender que outras pessoas têm pensamentos, sentimentos e crenças diferentes dos seus. Isso é essencial para a empatia, pois permite que a criança perceba que os outros podem ter perspectivas diferentes e emoções únicas.

  • O desenvolvimento da linguagem desempenha um papel crucial na expressão e compreensão das emoções. À medida que as crianças adquirem vocabulário emocional e aprendem a nomear seus próprios sentimentos, tornam-se mais capazes de se conectar emocionalmente com os outros.
  • A empatia também é influenciada pelas experiências pessoais da criança. Elas aprendem a se relacionar com os outros com base nas relações que têm em casa, na escola e na comunidade. Modelos de empatia em suas vidas têm um impacto significativo.

Benefícios da Empatia no Desenvolvimento Cognitivo

Cultivar e estimular o desenvolvimento da empatia nas crianças desde cedo traz uma série de benefícios para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Olhem alguns dos benefícios que ela pode trazer:
  • Melhor resolução de conflitos, ensinando crianças a entender e lidar com as emoções dos outros.
  • Habilidades de comunicação mais eficazes, permitindo que as crianças expressem suas próprias emoções de maneira saudável.
  • Habilidades sociais aprimoradas, ajudando-as a construir relacionamentos mais fortes.
  • Um senso de responsabilidade social, incentivando-as a agir de maneira ética e compassiva.
A empatia é mais do que apenas uma qualidade desejável, é uma parte essencial do desenvolvimento cognitivo de uma criança. Cultivar essa habilidade desde cedo não só molda indivíduos mais compassivos e compreensivos, mas também contribui para a criação de uma sociedade mais empática e inclusiva. Portanto, incentivar e nutrir a empatia nas crianças deve ser uma prioridade em nosso esforço coletivo para promover o crescimento saudável e o bem-estar social.

Já praticou e ensinou sobre ter empatia hoje? 


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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A Importância do Diálogo nos Relacionamentos: Fortalecendo Vínculos

No universo dos relacionamentos, o diálogo é uma ferramenta fundamental para manter a harmonia e a conexão entre as pessoas. Seja em relacionamentos amorosos, familiares, amizades ou no ambiente de trabalho, a comunicação eficaz desempenha um papel crucial. Podemos desde resolver qualquer situação e manter a harmonia desde criar um sentimento desagradável e um clima ruim por dias.

Quem nunca passou por uma situação que poderia ser evitada com uma boa conversa, de coração aberto, que atire a primeira pedra ! Mesmo que enfrentemos uma situação onde iremos nos deparar com pensamentos inflexível, utilizando a pausa positiva e nosso favor conseguimos sanar muitos mal entendidos.


O diálogo permite que as pessoas expressem seus pensamentos, sentimentos e necessidades. Quando ouvimos para entender o ponto de vista do outro evitamos muitos mal entendidos, pois damos espaço ao outro para falar e para depois tirarmos nossas conclusões, demonstramos empatia e respeito. Além de essa troca de informações ajuda a resolver conflitos e melhorar a confiança entre quem convivemos.

A confiança é o alicerce de qualquer relacionamento saudável, independente de qual seja. O diálogo constante cria um espaço onde as pessoas se sentem à vontade para serem autênticas e honestas. A honestidade fortalece a confiança mútua, tornando o relacionamento mais sólido e duradouro.

Os desafios sempre existirão em qualquer relacionamento. No entanto, o diálogo abre portas para a resolução de problemas de maneira construtiva. Quando as partes envolvidas discutem abertamente suas preocupações e buscam soluções juntas, os obstáculos se tornam oportunidades para crescimento e aprendizado.

O diálogo não se limita apenas a questões práticas, também é uma forma poderosa de compartilhar emoções. Expressar amor, carinho e apreço verbalmente reforça os laços emocionais e faz com que as pessoas se sintam valorizadas e amadas. A falta dele pode levar a interpretações errôneas e suposições equivocadas.


O ato de dialogar é a pedra angular de relacionamentos saudáveis e bem-sucedidos. Investir tempo e esforço na comunicação eficaz fortalece os laços interpessoais, promove a compreensão mútua e constrói relacionamentos mais profundos e satisfatórios. Portanto, não subestime o poder das palavras e do diálogo em sua jornada de conexão e crescimento com os outros.

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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O que aprendi assistindo Fadas da Limpeza na Netflix

Um dos meus hobbies favoritos é assistir a Doramas Coreanos, adoro os dramatizações e a trilha sonora que parece se encaixar perfeitamente. Acredito que tenha vindo pela minha paixão por animes, quem sabe escrevo sobre isso no futuro e sobre alguns que já assisti. E migrei para os doramas e dei uma pausa nos animes, até porque também tenho outras atividades que preciso realizar e me impossibilitam de assistir mais episódios seguidos. 

Como muitas coisas na vida, gosto é algo que não se discute e devemos respeitar as escolhas de cada um. Dos vários que assisti há alguns favoritos, pelo roteiro principalmente a lição que ele passa, seguido da trilha sonora que encaixa perfeitamente. Hoje vim falar sobre o Fadas da Limpeza. E não contém spoilers, animem-se e assistam, depois me comentem o que acharam. 


Um drama romântico com situações polêmicas e beijos calorosos, traz várias lições importantes sobre paciência, persistência e dedicação. Gostei tanto da história que assisti várias vezes, e as vezes tenho a sensação de que Fadas da Limpeza me diz sobre o que eu preciso repensar e refletir. Vou contar sobre o que repensei e refleti depois de mais uma vez que assisti. 

Tolerância foi a virtude da vez, Oh-Sol passa muito bem essa lição junto com Dr. Choi. Tolerar é uma atitude que envolve muita maturidade de quem o faz, além da tolerância me fez pensar também sobre aceitação sem permitir que o próprio limite fosse ultrapassado e esquecer amor próprio. E era exatamente o que precisava ver por esses dias. 

Com uma situação pessoal, me deparei com essa situação, me vi intolerante e permitindo que as pessoas ultrapassassem meu limite e sentir que estava deixando de respeitar a mim mesma por isso. Logo - como esperado de uma boa Dominante - estava em posição defensiva e me deixando levar com a comunicação mais agressiva. E para colocar as ideias no lugar e fazer meu detox mental, decidi assistir mais um vez Fadas da Limpeza.


Oh-Sol em muitos momentos durante a trama, tinha a opção de agir na defensiva mas optou em se conter para não ter nenhuma atitude que possa se arrepender depois. Usou muito da sabedoria e pensar muito antes de agir. Mas dessa vez, além da Oh-Sol, Dr. Choi me fez pensar muito com sua postura frente a situação em que se deparou, aceitar que uma situação quando percebeu que não teria mais solução. E precisei fazer isso, aceitar. 

Nem sempre é fácil aceitar uma situação, principalmente que nos sentimos invadidos e injustiçados de alguma maneira. E Fadas da Limpeza me fez refletir isso, que preciso aceitar e ter maturidade para lidar, não digo que fico feliz e satisfeita com isso - Logo que não - mas está me ajudando a lidar com os sentimentos desagradáveis que surgem e pensar com um pouco mais de empatia. 


Para mim foi uma lição preciosa sobre como a persistência pode trazer bons resultados quando usamos ela para algo positivo, nos dá energia para mantermos a disciplina e suportarmos as dificuldades que aparecem. Quando pensamos nisso com um pouco de afeto, empatia e amor, conseguimos nos abrir e ver a vida com um pouco mais de alegria, mesmo que seja em momentos de cuidado como a limpeza de casa. 

Devemos colocar pequenas pitadas de felicidade em nosso dia a dia, seja conversar com um amigo ou amiga querida(o), seja colocando uma música que gosta quando for lavar a louça ou tomar um banho. Ver as adversidades como oportunidades de aprender e entender que nem sempre tudo acontece como e quando queremos, mas acontece na hora que precisamos. Para quem gosta desse estilo de série, vale o tempo, me tirou bons pulinhos do sofá e expressões de surpresa!


Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Inflexibilidade e a Pausa Positiva

Quem nunca em algum momento da vida se percebeu agindo com Inflexibilidade quanto a mudança de opinião ou de hábito ou o que quer que seja. Quando algo envolve algum valor pessoal a sensação que temos que fica ainda mais sofrido alterar as formas que vemos e pensamos. E penso ainda mais que, quanto mais valor envolvido - seja sobre honestidade, sinceridade e afins -, mais difícil de explicar fica e fica mais difícil manter o controle emocional. 


Há um ditado Árabe que diz - A beleza que você vê nas coisas, é o reflexo da beleza que existe dentro de você -, e fazendo uma analogia a ele, a forma que vemos o mundo é a forma que vemos nós mesmo. Muitos dos pensamentos que surgem com a Inflexibilidade, podem estar diretamente ligados a como fomos ensinados sobre cometer erros. Com a necessidade de tudo ser perfeito ou seguir uma linha lógica de ações bem direcionados e calculados, agimos de maneira Inflexível.

Situações assim gosto de sugerir a Pausa Positiva, essa ferramenta é importante para evitar maiores conflitos e discussões onde o resultado quase sempre é negativo. Com o objetivo de direcionar o foco na solução e não no problema, além de dar um tempo para abaixar os ânimos e pensarmos antes de tomar qualquer atitude. 


Utilizo muito a Pausa Positiva em situações em que estou mais cansada e reativa, costumo sair do local onde é o foco, ou costumo falar que preciso de um tempo em silêncio para elaborar a situação para pensar em soluções e sanar a questão que for. Pois fazendo isso, evito tomas alguma atitude com raiva ou falar algo que vá me trazer consequências no futuro. 

A inflexibilidade, pode se enquadrar em um Esquema de inflexibilidade que foi construído na nossa infância e sustentado com nosso dia a dia, e muitas vezes está atrelado a outros esquemas de pensamento e crenças. E perceber isso pode ser um pouco difícil se feito sem o auxílio da psicoterapia, olhar para si e refletir sobre isso pode ser uma aventura desafiadora mas esclarecedora. 


Decidi escrever sobre isso pois vivenciei uma situação em que precisei lidar com a Inflexibilidade em mim. Hoje sou mais consciente do meu padrão inflexível e dificuldade em lidar com ele em alguns momentos, compreendo que ele faz parte de mim, para muitas coisas ele me trouxe excelentes resultados, por eu sempre presar e agir com excelência em tudo que faço para ter o mínimo de erros. Entendo que posso ser muito exigente com as pessoas a minha volta por isso, mas percebo quando estou me deixando levar demais, paro, respiro e começo de novo. 

Consciente disso, percebo a dificuldade que é conviver com a Inflexibilidade, tanto por parte de quem age assim, quanto em precisar lidar com alguém assim. A Pausa Positiva me ajuda muito, principalmente pelo fato de que quando eu preciso de mudar uma atitude ou tarefa que sei que terá um resultado negativo para mim. A maturidade em saber que é preciso fazer o que precisa ser feito é construída ainda mais em momentos assim. 

Já passou por alguma situação onde precisou lidar com sua Inflexibilidade?

Até a próxima. Te vejo na terapia.


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Celebrações, envelhecer e a chegada dos 30

Comemorar aniversários é um hábito tão íntimo quanto escolher o tipo de perfume que vamos usar. É algo que diz exclusivamente de quem o faz. Assim como os perfumes, alguns gostam muito e têm vários, outros preferem algo mais sutil e há quem nem use. Com as celebrações de aniversário é semelhante — alguns celebram por dias, com tudo que têm direito, outros de forma mais reservada e há quem não goste.

                                                            "Comemoração de aniversário aos 30 anos com reflexão sobre envelhecimento"

Que bom que temos essas possibilidades. Se não houvesse essa diversidade, as celebrações seriam todas iguais, monótonas, e a imaginação não fluiria como merece. Assim como os perfumes e as formas de celebrar mudam com o tempo, nossa visão sobre envelhecer também muda quando nos percebemos nesse processo.

Sempre que penso em envelhecimento, me vêm à mente imagens de idosos, itens antiquados, algo ultrapassado e inválido. Fomos ensinados a ver o envelhecer como algo negativo, a ser evitado, muitas vezes tratado como tabu ou motivo de deboche. Mas e se, ao invés disso, pensássemos na maturidade como oportunidade? Poderíamos nos ver como jovens com experiência, desenvolvendo uma mentalidade mais sólida e consciente.

                                                       "Comemoração de aniversário aos 30 anos com reflexão sobre envelhecimento"

Na juventude, sonhamos com independência. Fantasiamos sobre o que teremos quando atingirmos uma certa idade: conquistas, estilo de vida, pessoas ao redor. Mas, quando o tempo chega, percebemos que muitas dessas idealizações se desfazem. E o que aparece no lugar? As cobranças sociais — que são mais pesadas do que imaginávamos.

Esses dias, cheguei aos meus tão sonhados 30 anos. Quantos planos deram certo, quantos foram por água abaixo. Quantas pessoas passaram pela minha vida. Algumas ficaram, outras não. Erros, acertos, aprendizados. E agora, com a maternidade, essas reflexões se ampliaram. Enxergar a idade e o envelhecer tem um novo significado.

                                                            "Comemoração de aniversário aos 30 anos com reflexão sobre envelhecimento"

No dia do meu aniversário, no fim do dia, parei para refletir... Que avalanche de sentimentos. Foi bom — às vezes doloroso —, mas bom. Senti admiração e ainda mais compreensão por mim mesma. Que caminhada boa até aqui! Que aventura. Não vejo a hora de chegar nos 40! Que venham as cobranças sociais me exigindo um padrão impossível — e que eu continue ousando ser quem quiser.

As cobranças sociais são as que mais pesam. Nos deixam ansiosos, muitas vezes deprimidos. Vêm de familiares, colegas de trabalho — "Se forme", "Arrume um emprego", "Case", "Tenha filhos", "Não use essa roupa", "Não escute essa música"... Sempre exigindo que sejamos quem não somos, querendo que caibamos em moldes, em vez de pertencermos de verdade. E tudo bem, esse é o papel deles. O nosso é encontrar formas de lidar.

Em alguns momentos, vamos precisar ceder. Em outros, resistir. Às vezes, conter. Outras vezes, não. E tudo bem não dar conta sempre — você é humano, não uma máquina. O que tiver que acontecer, acontecerá no momento ideal. Se ainda não conseguiu realizar aquele sonho, observe suas atitudes, alinhe seus passos aos seus objetivos e tenha paciência. E claro, dá-lhe terapia para nos ajudar nisso!

Até a próxima. Te vejo na terapia.
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