Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.
As vezes a gente só precisa de um lugar para uma boa conversa e reflexões pertinentes.
Sacudindo a poeira: recomeços, autocuidado e escuta de si
Eu desabafava, falava sobre minha percepção de mundo e em como amadurecer era um processo um tanto complexo para mim. Com uma visão um pouco diferente, o direcionamento dos textos agora serão de experiências pontuais e temais mais específicos, pois penso que experiências podem ocorrer de forma semelhante com outras pessoas, então porque não compartilhar a minha e de alguma maneira mostrar para o outro que ele não está só.
Nº IV - Entre Sessões e Silêncios: Entre uma Neosa e uma verdade difícil
Sobrecarga foi o tema conversado, e as consequências disso. Seria de trabalho? De decisões tomadas? De tentativas constante de manter tudo sob controle? Ou até de todas as opções anteriores.
E ela decidiu: vai agarrá-las pelas barbas.
A arte de se adaptar: Como a Inteligência Emocional nos ajuda a lidar com o inesperado
Por que resistimos às mudanças?
Diante da incerteza, nossa mente nos leva a resistir e até resistir. Queremos segurança, previsibilidade, amparo, um terreno sólido sob os pés. Afinal, o desconhecido assusta. Mas a verdade é que a vida não se curva a nossas vontade e necessidade de controle. Quanto mais tentamos lutar contra o fluxo das mudanças, mais nos desgastamos. Aprender a fluir nas ondas das emoções pode trazer resultados mais duradouros e assertivos.
A inteligência emocional como chave da adaptação
Inteligência emocional não significa evitar emoções difíceis, mas saber interpretá-las e usá-las a nosso favor. Quando algo foge do nosso controle, podemos reagir com frustração e medo ou podemos enxergar a situação como uma oportunidade de aprendizado. Quando aprendemos que a rigidez leva à ruptura, enquanto a flexibilidade permite o crescimento, compreendemos sobre nosso processo de amadurecimento.
Cada mudança inesperada é um convite para olhar para dentro. Nos oferece a oportunidade de se questionar - O que essa situação tem a me ensinar? De que forma posso me reinventar sem perder minha essência? - Essas perguntas transformam desafios em possibilidades, permitindo que enxerguemos além do problema imediato.
Adaptar-se é evoluir
Adaptar-se não é ceder, não é desistir, é compreender que a rigidez quebra, mas a fluidez transforma. Assim como a água contorna obstáculos sem perder sua natureza, precisamos aprender a flexibilizar nossas certezas para não nos tornarmos prisioneiros delas.
No fim das contas, não é a vida que precisa se moldar a nós, mas nós que precisamos aprender a dançar ao ritmo dela. A capacidade de adaptação é a ponte entre o sofrimento e a evolução. E quanto mais cedo compreendermos isso, mais leves e resilientes nos tornamos.
Se adaptar às mudanças sem pirar: Dicas da TCC
A vida tá sempre mudando, e nem sempre essas mudanças vêm de forma tranquila. Se adaptar pode ser difícil e, muitas vezes, gera muita ansiedade. Mas dá pra aprender a lidar melhor com isso, acredite se quiser. Escolhi escrever hoje, sobre como a psicoterapia baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode te ajudar a encarar as mudanças sem tanto estresse. Mas primeiro...
O que é Adaptabilidade e Por que isso é importante?
Ser adaptável é basicamente conseguir lidar com novas situações, da melhor maneira dentro da sua possibilidade, sem sofrer tanto. Como o mundo tá sempre mudando, essa habilidade faz toda a diferença - que também tá junto com a resiliência mas aí é outro papo-. Se a gente tem dificuldade pra se adaptar, acabamos sentindo mais insegurança, estresse e ansiedade.
Ansiedade e Dificuldade de Mudança: Qual a Relação?
Sentir ansiedade quando algo muda é super normal. O problema é quando esse medo atrapalha sua vida. Alguns sinais de que a ansiedade tá pegando pesado:
Pensar no pior cenário sempre;
Medo de sair da zona de conforto;
Procrastinar mudanças importantes;
Ter sintomas físicos, como tensão muscular e insônia;
A boa notícia? A TCC tem ferramentas bem práticas pra te ajudar a reduzir a ansiedade e aumentar sua capacidade de adaptação.
Seguem as dicas:
A TCC mostra que nossos pensamentos influenciam como nos sentimos e agimos. Com algumas mudanças na forma de pensar, dá pra enfrentar as mudanças de um jeito mais tranquilo. Olha só:
1. Mudança de pensamento
A famosa reestruturação cognitiva te ajuda a transformar pensamentos negativos em algo mais realista. Por exemplo:
Pensamento inicial: "Não vou conseguir lidar com essa mudança."
Pensamento ajustado: "Vai ser um desafio, mas posso aprender a lidar."
2. Enfrente o Medo aos Poucos
Se esconder das mudanças só aumenta o medo. A ideia aqui é ir se expondo aos poucos, pra mostrar pro seu cérebro que você consegue lidar com isso.
3. Respira Fundo e Relaxa
Técnicas como mindfulness, relaxamento muscular progressivo e exercícios de respiração ajudam a manter a calma e a clareza para encarar as mudanças.
4. Planeje e Siga no seu ritmo
Quebrar grandes desafios em pequenas metas faz tudo parecer menos assustador. Cada pequena conquista te dá mais confiança pra seguir em frente.
5. Seja gentil com você mesmo
Mudanças não são fáceis e tá tudo bem não acertar de primeira. Se tratar com mais paciência e aceitação ajuda muito nesse processo. Quando perceber que está difícil abrace alguém por mais de 30 segundos, ou abrace um travesseiro pelo mesmo tempo e sinta o acolhimento.
Saber se adaptar é essencial pra ter uma vida mais leve, se a ansiedade tá te travando, buscar ajuda profissional pode ser um ótimo passo pra melhorar seu bem-estar.
Nº III - Entre Sessões e Silêncios: O Encontro com a Vulnerabilidade
Mais uma sessão de terapia, mais um questionamento que insiste em ecoar na mente, como se fosse um sussurro que nunca se cala. Uma conversa densa, tensa e profunda. Retrospectivas se desenrolaram como filmes antigos, ciclos finalmente foram entendidos e, assim, teve início o doloroso e libertador processo de encerrá-los. Quantas vezes esse cenário se repetiu? Quantas vezes a vida foi ressignificada, não apenas pelos aprendizados obtidos, mas pela coragem de mudar o modo de enxergá-la?
Nº II - Entre Sessões e Silêncios: Naquela quinta, ela tinha Terapia.
Nº II
A quinta-feira amanheceu nublada. Pela manhã, tempestades marcaram presença: algumas pessoas reclamavam por terem se molhado, enquanto outras agradeciam pela chuva. O trânsito estava mais lento, e, mesmo com o céu cinza, o calor nos lembrava que era apenas mais uma típica chuva de verão. À tarde, o sol apareceu, iluminando o dia com sua cor e luz, trazendo consigo um céu limpo e um azul vibrante. O clima renovou a energia das ruas: mais pessoas circulando, mais barulho, mais vida. Assim passou a quinta-feira, com suas Quintanices.
Naquela quinta, ela tinha terapia. Organizou seu dia, seguiu a rotina matinal, lavou roupas, reparou as demandas a serem faladas e decidiu levar um bolo para compartilhar na sessão. Ao chegar, seguiu o ritual de sempre: pegou um copo d’água, entregou o bolo, e, com tudo preparado, começou a conversa. Entre tantos pontos levantados, havia um que a inquietava há anos.
Refletiu profundamente sobre a origem daquela questão. Seria algo errado com ela ou do ambiente em que vivia, o que ela precisava aprender com aquilo. Difícil chegar em uma conclusão quando envolve algo antigo. E ainda sim, havia disponibilidade. Insistiu. Sentiu uma aperto no coração. E, finalmente, disse o que precisava. Mais do que isso, ouviu o que precisava. Foi como arrancar um curativo de uma ferida já cicatrizada, mas que ainda era tratada como aberta e grave.
Se sentiu aliviada, com a sensação de que uma janela havia sido fechada e uma nova porta se abriu — um novo caminho, um novo aprendizado. Foi difícil fechar a janela, ela que sempre foi um ponto de vista e um direcionamento, o apego era muito forte e o medo de abrir a porta maior ainda. Foi necessário fazer o que precisava ser feito, mesmo que ela não gostasse. E depois foi ela quem mais gostou dos resultados que vieram.
Naquele dia, entendeu que o orgulho a fazia carregar responsabilidades e lutar batalhas que não eram suas. Compreendeu que, em algumas situações e com certas pessoas, o melhor é apenas aceitar. A mudança, afinal, não depende dela, mas exclusivamente do outro. Naquela quinta-feira, ela foi à terapia. Naquela quinta-feira, ela aprendeu sobre aceitação. Ela aprendeu mais um pouco sobre si.
Um mundo fora do virtual, o Nosedive disfarçado
Nos últimos dias, tomei a decisão de reduzir ainda mais o tempo nas redes sociais. Esse pequeno ajuste me permitiu redirecionar a atenção para as atividades cotidianas e os pequenos detalhes que as acompanham. Com o passar do tempo, percebi mudanças significativas: minha ansiedade se tornou mais consciente, a desatenção começou a diminuir e minha percepção dos fatos ao redor se tornou mais aguçada.
O Efeito das Redes Sociais em Adultos
Embora os impactos negativos do uso excessivo de telas em crianças sejam amplamente discutidos, pouco se fala sobre os efeitos das redes sociais na saúde mental dos adultos. O uso prolongado influencia a rotina, os relacionamentos e até mesmo a interação social, muitas vezes nos colocando em uma posição de isolamento.
Esse isolamento não é apenas físico, mas também emocional. Ele nos leva a buscar incessantemente atenção, pertencimento e afeto no pequeno quadrado luminoso que carrega uma oferta infinita de dopamina. Essa armadilha digital nos impede de vivenciar plenamente a vida real, afastando-nos de interações genuínas e nos deixando vulneráveis a sentimentos de solidão e ansiedade.
Como Diminuir o Tempo nas Redes Sociais
Reduzir o tempo nas redes sociais é um passo essencial para reconectar-se com o momento presente e preservar a saúde mental. Aqui estão algumas práticas simples que podem ajudar:
- Estabeleça limites de uso: Utilize aplicativos de controle de tempo ou configure horários específicos para acessar redes sociais, alguns possuem essa possibilidade dentro deles mesmos.
- Crie momentos offline: Invista em hobbies, atividades ao ar livre ou até mesmo em momentos de pausa sem dispositivos.
- Exercite a atenção plena: Práticas como meditação, respiração consciente e registro de gratidão podem ajudar a focar no agora.
- Cultive conexões reais: Dedique tempo de qualidade a conversas presenciais, encontros com amigos e atividades em família.
Os Benefícios de Estar no Momento Presente
A vida real oferece sensações e experiências que não podem ser replicadas digitalmente. Ao reduzir o tempo nas redes sociais, você pode:
- Redescobrir habilidades e talentos.
- Melhorar a percepção do ambiente ao seu redor.
- Fortalecer relacionamentos e conexões humanas genuínas.
Embora falar sobre os benefícios do momento presente seja comum, é crucial discutir como podemos nos manter nele. Esse desafio envolve escolhas diárias que podem transformar não apenas nossa percepção, mas também a forma como vivemos.
Reconectar-se com a vida real não significa abandonar a tecnologia, mas aprender a equilibrá-la. Como o episódio “Nosedive” de Black Mirror alerta, precisamos evitar que nossas vidas sejam regidas pela necessidade de aprovação virtual e cultivar a riqueza das experiências. É um convite para vivenciar plenamente o presente, cultivar interações significativas e redescobrir o que nos faz verdadeiramente humanos.
Como você pode cultivar mais momentos presentes em sua rotina hoje?
Tomaram minha filha do meu colo, e agora?” — O que é respeitar uma criança?
Em tempos em que repensamos o impacto do nosso comportamento e da mídia na infância, é urgente refletir: onde começa o desrespeito com a criança? Muitas vezes, ele é cultural, tão comum que passa despercebido. E me pergunto: será que a aceitação de relações tóxicas na vida adulta tem raízes em uma educação desrespeitosa?
Desde bebês, aprendemos regras sociais e comportamentos esperados. Meninos e meninas sentem o peso dos padrões impostos — como o ideal de masculinidade ou a cobrança sobre como uma menina deve se portar. Muitas vezes somos ensinados a calar sentimentos, a obedecer sem questionar, a “aceitar” porque é da família ou porque é mais velho.
Quem nunca ouviu na infância: “Isso é assunto de adulto”, “Você não entende ainda”? Essas frases, por mais comuns que pareçam, reforçam uma educação que invalida a criança como sujeito.
Quando lemos os Direitos das Crianças e Adolescentes, nos deparamos com itens básicos: alimentação, higiene, saúde... Coisas óbvias, mas que só estão ali porque ainda são negligenciadas. E o respeito também está entre esses direitos.
Muitas vezes, repetimos padrões sem perceber. Agimos no automático, porque foi assim conosco. E não estamos falando de permissividade, mas de respeito real: escutar, observar, validar, ensinar com empatia.
Sim, sei que esse é um tema polêmico. Ainda há quem defenda uma criação baseada no medo ou na obediência cega. Mas educar com respeito não é abrir mão dos limites. Pelo contrário: é justamente colocá-los de forma mais consciente.
Então... tomaram minha filha do meu colo. E agora?
Minha resposta pode parecer simples: tenha bom senso.
Observe o contexto:
-
Quem foi a pessoa?
-
A criança se sentiu segura ou desconfortável?
-
Foi algo pontual e carinhoso ou uma imposição desnecessária?
Se houve desconforto, pontue. Se necessário, converse com calma com quem agiu. E mais importante: converse com seu filho. Mostre que ele tem voz. Que pode (e deve) ser respeitado desde cedo.
Mas então, posso deixar meu filho fazer tudo o que quer?
Claro que não. Respeitar uma criança não significa ausência de limites. Rotinas como escovar os dentes, tomar banho, se alimentar bem são inegociáveis. Mas se ela não quiser cumprimentar alguém, não quiser sair do seu colo ou preferir não conversar, está tudo bem. São escolhas sobre o próprio corpo e espaço.
Esse tema sempre gera reflexões profundas na terapia. O respeito que oferecemos hoje às crianças molda o tipo de amor e aceitação que elas vão esperar (e permitir) no futuro.
Você gostaria de ser tratado da mesma forma que trata uma criança?
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
A vida como ela é (reflexão após assistir Soul)
Várias mudanças e evoluções surgem no nosso dia a dia — na tecnologia, nos conceitos sociais, nas tendências de moda, cores e estampas. Pequenas transformações que, se olharmos com atenção, causam impactos significativos.
Uma mudança que me chamou atenção — principalmente depois que a maternidade chegou — foi como os filmes infantis mudaram de temática. Hoje, vemos histórias que resgatam valores profundos e fazem nós, pais, refletirmos também. Entre vários lançamentos recentes, o que mais me marcou foi o filme Soul, da Disney Pixar.
Uma animação com trilha sonora envolvente, efeitos visuais delicados e uma narrativa sensível que nos convida a pensar:
Qual é o verdadeiro sentido da vida? Qual é a nossa missão?
Depois que assisti, senti que estava me perdendo na rotina e me esquecendo do essencial: ser grata e apreciar as pequenas coisas.
Como ouvir uma boa música com fone, brincar com minha filha após um dia corrido, sentir o aroma da comida no fogão... Coisas simples, mas que preenchem nossa alma.
E não era só isso — eu também havia parado de reconhecer minhas próprias transformações. As conquistas pessoais e profissionais, os processos de amadurecimento e superação.
É comum ouvirmos frases como:
— “Ah, mas quando não tem filhos é fácil.”
— “Quando não é casado, é tranquilo.”
— “Quando tem dinheiro sobrando até eu!”
Mas, será?
As crianças — até uma certa idade — se divertem com uma tampinha, uma chave ou um papel colorido. São os adultos que ensinam que a felicidade está no ter, e não no ser. Imersos nas cobranças e na rotina, acabamos esquecendo de olhar com atenção para o presente e para a família que construímos.
E me peguei pensando:
A criança que eu fui teria orgulho do adulto que me tornei?
Essas mudanças sutis em filmes como Soul me tocaram profundamente. Há uma cena em que a alma 22 aprecia algo comum, corriqueiro. E ali percebi que eu também havia parado de me permitir ver a beleza nas pequenas experiências do dia a dia.
A transitoriedade é inevitável. E como diz o paradoxo da dicotomia, o que realmente importa é o caminho.
A vida acontece agora.
Até a próxima.
Te vejo na terapia. 💋
Oh Coração: um poema de despedida, saudade e amadurecimento
Esse é só mais um mergulho pelos mares da poesia e das rimas. Um texto escrito por mim em 24/07/2012 e repostado agora, com um novo olhar. Quantos anos, quanta coisa mudou. Relembrar esse desabafo é perceber como amadureci, como as dores antigas se tornaram aprendizado e lembrança.
Na época, eu vivia o luto do fim de um relacionamento longo. Estava com o coração machucado e sem saber como lidar com o que sentia. Hoje, olho para esse texto com carinho, e deixo aqui registrado esse trecho de uma fase tão intensa da minha vida:
"Oh, Coração, por que insistes em sofrer por alguém que só lhe machucou...?
Você vive distraído com outro amor, mas quando tens a oportunidade, se tortura com as ofensas que lhe foram feitas e com as lembranças de momentos eternos que tiveram fim.
Oh, Coração, por que me faz pensar de forma tão traiçoeira?
Quando começo a me sentir bem, você ressurge com sua ferida ainda recente, tentando fazê-la sangrar e reviver a dor...
Imploro aos céus que ajudem esse coração ferido,
Que ainda tenta esquecer as mágoas, mas insiste em revivê-las.
Oh, Coração, será que gostas de sentir tudo isso novamente?
Minha mente vaga no tempo, buscando brechas entre as memórias que me atacam,
Para não pensar, para não recordar um passado que não vale mais a pena.
Oh, Coração, só te peço uma folga.
Desabafe quando for preciso, mas não torture minha mente.
Tu até podes suportar esse sentimento,
Mas minha mente se desfaz quando atacada por tuas lembranças perfeitas —
De momentos sublimes de um amor que não deu certo, mas que insistes em manter vivo...
Razão, que guia minhas ações, me ajude a controlar esse coração desenfreado.
Esse coração que quer se entregar novamente,
Mas que insiste em manter, nem que seja uma faísca,
De uma paixão que quase não existe mais.
Razão, ajude esse coração a esquecer.
Ou pelo menos, a deixar de lembrar.
Ajude-o a se entregar como meu corpo deseja
E minha alma grita — desesperada de vontade.
Oh, Coração, por favor!
Te imploro: tenha piedade de minha alma desolada.
Tenha compaixão com minha mente.
E que sejas voraz quando enfim se entregar,
Para sentir o gosto sublime de pensar em si mesmo como um ser esplêndido."**
Sofrer por amor, por mais doloroso que seja, pode ser uma das experiências mais enriquecedoras da vida. Amar — e continuar capaz de amar, depois de tudo — é uma força linda de se ver.
E você? Já sofreu por amor alguma vez? Me conta nos comentários 🥰
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋
Raiva que te quero bem
O acolhimento e o reconhecimento da raiva são aspectos essenciais para a saúde emocional e mental. Vamos conversar um pouco sobre a importância de entender e lidar com a raiva de forma saudável, destacando os benefícios que essa prática pode trazer para o bem-estar geral.
Por que é importante acolher e reconhecer a raiva? A raiva é uma emoção natural e inevitável que todos experimentamos em algum momento na vida. No entanto, muitas pessoas tendem a reprimir ou ignorar essa emoção devido a preconceitos sociais, medo de confronto ou medo do julgamento. Isso pode levar a consequências negativas para a saúde mental, como estresse crônico, ansiedade e problemas nos relacionamentos. Ao acolher e reconhecer a raiva, permitimos a nós mesmos sentir e expressar essa emoção de maneira saudável, o que pode levar a uma melhor compreensão de nós mesmos e dos outros.
Benefícios do acolhimento da raiva:- Autoconhecimento: Reconhecer a raiva pode oferecer insights valiosos sobre nossos sentimentos, necessidades e limites pessoais, nos ajudando a desenvolver uma maior consciência emocional e a tomar decisões mais conscientes em nossas vidas.
- Redução do estresse: Suprimir a raiva pode levar ao acúmulo de estresse e tensão emocional. Ao permitir-se sentir e expressar a raiva de maneira saudável, podemos liberar essa energia negativa e reduzir os níveis de estresse em nosso corpo e mente.
- Melhoria dos relacionamentos: A raiva reprimida pode causar ressentimento e conflito nos relacionamentos. Ao comunicar nossas preocupações e limites de maneira assertiva, podemos promover uma comunicação mais aberta e construtiva com os outros, fortalecendo os laços interpessoais.
- Empoderamento pessoal: Lidar com a raiva de forma construtiva nos dá um senso de controle sobre nossas emoções e comportamentos. Isso nos permite enfrentar desafios de maneira mais eficaz e tomar medidas para proteger nosso bem-estar emocional e saúde mental.
- Crescimento emocional: Enfrentar e superar a raiva pode ser uma oportunidade para o crescimento pessoal e o desenvolvimento emocional, pois ao aprender a lidar com a raiva de maneira saudável, podemos fortalecer nossa resiliência emocional e cultivar relacionamentos mais gratificantes e satisfatórios.
- Reconheça e valide seus sentimentos de raiva, sem julgamento.
- Encontre maneiras saudáveis de expressar a raiva, como conversar com um amigo de confiança, praticar exercícios físicos ou escrever em um diário.
- Desenvolva habilidades de comunicação assertiva para expressar suas preocupações e limites de maneira clara e respeitosa.
- Pratique a auto-compaixão e o perdão, tanto para si mesmo quanto para os outros, como parte do processo de acolhimento da raiva.
Nem sempre é fácil, e muito menos simples, mas jamais será impossível.
Carta para a Mini Carol: acolhendo a criança interior e reconhecendo o próprio amadurecimento
Para chegar no tema do post anterior — o adulto saudável — eu fiz uma atividade terapêutica que me marcou profundamente.
A proposta era simples, mas tocante:
“O que a Carol de hoje diria para a Mini Carol se a encontrasse agora?”
Escrevi uma carta.
Chamei essa criança de Mini Carol.
E o que parecia um exercício leve, acabou se tornando uma jornada de reconexão, compreensão e lágrimas.
💌 Relembrar para acolher
No decorrer da carta, me emocionei muito.
Vieram memórias de mágoas, tristezas e obstáculos…
Mas também de alegrias, conquistas, afeto.
Tudo isso me fez perceber o quanto amadureci.
O quanto desenvolvi resiliência, paciência e autocompaixão.
E o quanto isso me ajudou a ser uma mulher mais consciente, especialmente na maternidade.
🤱 Maternidade, trauma e transformação
O nascimento da minha filha me fez encarar um abismo.
O medo, a ansiedade, a culpa e as inseguranças vieram com força — não só por conta da nova rotina, mas pelas transformações físicas, emocionais e pelos traumas de infância que voltaram à tona.
Foi na terapia que comecei a ver esse processo com mais clareza.
Aos poucos, fui entendendo: eu estava amadurecendo.
E esse amadurecimento foi moldado por olhar para a minha criança interior e acolhê-la.
✨ Confie em si mesma
Na carta para a Mini Carol, repeti muitas vezes:
“Confie em si mesma e no seu processo.”
Disse que ela se magoaria com pessoas queridas, mas que isso a ensinaria sobre o que não gostaria de se tornar.
E que, mesmo com dificuldades, ela aprenderia a se cuidar com mais amor e consciência.
🌿 Acolher a criança interior é um ato de cura
Olhar para nossa criança interior é um gesto de coragem.
É quando aceitamos que agora somos os adultos que podem oferecer proteção, clareza e afeto àquela versão pequena de nós.
Quando fazemos isso, desfazemos nós antigos, curamos partes feridas e passamos a ver a vida com mais leveza.
🎧 Para acompanhar a reflexão
No próximo post, quero falar sobre uma música que tocou profundamente nesse processo:
“Birds” — Imagine Dragons.
Até lá…
Te vejo na terapia. 🌱
Nº I - Entre Sessões e Silêncios: Uma crônica de Segunda
Grata por ler !
A Empatia como Parte do Desenvolvimento Cognitivo: Cultivando a Habilidade de Compreender o Outro
- Por volta dos 4 anos, as crianças começam a desenvolver a chamada "teoria da mente" — a capacidade de compreender que outras pessoas têm pensamentos, sentimentos e crenças diferentes dos seus. Isso é essencial para a empatia, pois permite que a criança perceba que os outros podem ter perspectivas diferentes e emoções únicas.
- O desenvolvimento da linguagem desempenha um papel crucial na expressão e compreensão das emoções. À medida que as crianças adquirem vocabulário emocional e aprendem a nomear seus próprios sentimentos, tornam-se mais capazes de se conectar emocionalmente com os outros.
- A empatia também é influenciada pelas experiências pessoais da criança. Elas aprendem a se relacionar com os outros com base nas relações que têm em casa, na escola e na comunidade. Modelos de empatia em suas vidas têm um impacto significativo.
- Melhor resolução de conflitos, ensinando crianças a entender e lidar com as emoções dos outros.
- Habilidades de comunicação mais eficazes, permitindo que as crianças expressem suas próprias emoções de maneira saudável.
- Habilidades sociais aprimoradas, ajudando-as a construir relacionamentos mais fortes.
- Um senso de responsabilidade social, incentivando-as a agir de maneira ética e compassiva.
A Importância do Diálogo nos Relacionamentos: Fortalecendo Vínculos

O que aprendi assistindo Fadas da Limpeza na Netflix
Inflexibilidade e a Pausa Positiva
Celebrações, envelhecer e a chegada dos 30
Comemorar aniversários é um hábito tão íntimo quanto escolher o tipo de perfume que vamos usar. É algo que diz exclusivamente de quem o faz. Assim como os perfumes, alguns gostam muito e têm vários, outros preferem algo mais sutil e há quem nem use. Com as celebrações de aniversário é semelhante — alguns celebram por dias, com tudo que têm direito, outros de forma mais reservada e há quem não goste.
Que bom que temos essas possibilidades. Se não houvesse essa diversidade, as celebrações seriam todas iguais, monótonas, e a imaginação não fluiria como merece. Assim como os perfumes e as formas de celebrar mudam com o tempo, nossa visão sobre envelhecer também muda quando nos percebemos nesse processo.
Sempre que penso em envelhecimento, me vêm à mente imagens de idosos, itens antiquados, algo ultrapassado e inválido. Fomos ensinados a ver o envelhecer como algo negativo, a ser evitado, muitas vezes tratado como tabu ou motivo de deboche. Mas e se, ao invés disso, pensássemos na maturidade como oportunidade? Poderíamos nos ver como jovens com experiência, desenvolvendo uma mentalidade mais sólida e consciente.
Na juventude, sonhamos com independência. Fantasiamos sobre o que teremos quando atingirmos uma certa idade: conquistas, estilo de vida, pessoas ao redor. Mas, quando o tempo chega, percebemos que muitas dessas idealizações se desfazem. E o que aparece no lugar? As cobranças sociais — que são mais pesadas do que imaginávamos.
Esses dias, cheguei aos meus tão sonhados 30 anos. Quantos planos deram certo, quantos foram por água abaixo. Quantas pessoas passaram pela minha vida. Algumas ficaram, outras não. Erros, acertos, aprendizados. E agora, com a maternidade, essas reflexões se ampliaram. Enxergar a idade e o envelhecer tem um novo significado.
No dia do meu aniversário, no fim do dia, parei para refletir... Que avalanche de sentimentos. Foi bom — às vezes doloroso —, mas bom. Senti admiração e ainda mais compreensão por mim mesma. Que caminhada boa até aqui! Que aventura. Não vejo a hora de chegar nos 40! Que venham as cobranças sociais me exigindo um padrão impossível — e que eu continue ousando ser quem quiser.
As cobranças sociais são as que mais pesam. Nos deixam ansiosos, muitas vezes deprimidos. Vêm de familiares, colegas de trabalho — "Se forme", "Arrume um emprego", "Case", "Tenha filhos", "Não use essa roupa", "Não escute essa música"... Sempre exigindo que sejamos quem não somos, querendo que caibamos em moldes, em vez de pertencermos de verdade. E tudo bem, esse é o papel deles. O nosso é encontrar formas de lidar.
Em alguns momentos, vamos precisar ceder. Em outros, resistir. Às vezes, conter. Outras vezes, não. E tudo bem não dar conta sempre — você é humano, não uma máquina. O que tiver que acontecer, acontecerá no momento ideal. Se ainda não conseguiu realizar aquele sonho, observe suas atitudes, alinhe seus passos aos seus objetivos e tenha paciência. E claro, dá-lhe terapia para nos ajudar nisso!
Até a próxima. Te vejo na terapia.
💋💋