Você se considera uma pessoa inflexível? Daquelas que gostam das coisas do próprio jeito, com regras claras e aversão a mudanças?
Antes de se julgar, vale entender de onde vem esse padrão.
A rigidez emocional geralmente está ligada à tentativa de manter o controle. É uma forma de se proteger do que é incerto — do erro, da rejeição, do conflito, do imprevisto.
Ser inflexível nem sempre é um problema. Na verdade, esse comportamento pode oferecer algumas vantagens reais:
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Clareza de valores
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Organização e constância
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Determinação para cumprir o que foi proposto
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Baixa impulsividade
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Sentimento de segurança
Pessoas inflexíveis costumam ser vistas como “firmes” e confiáveis. Mas o que funciona como proteção pode, aos poucos, se transformar em prisão.
Desvantagens de ser inflexível
Quando a inflexibilidade emocional toma conta, ela pode limitar:
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A escuta do outro
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A empatia nas relações
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A capacidade de improvisar ou adaptar
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O prazer de viver com mais leveza
Além disso, pode gerar sofrimento interno: autocobrança, frustração, medo de errar ou de ser mal interpretado. Isso cria um ciclo onde a pessoa exige muito de si e dos outros, dificultando conexões afetivas mais espontâneas.
Por que esse padrão se repete?
Muitas vezes, a rigidez surge na infância, como uma forma de lidar com ambientes caóticos ou imprevisíveis. O controle trazia uma falsa sensação de segurança.
Na vida adulta, esse padrão persiste mesmo quando já não é mais necessário.
É possível mudar?
Sim — mas não se trata de virar o oposto.
A proposta é desenvolver flexibilidade emocional: a habilidade de se adaptar, repensar escolhas e se abrir ao novo, sem perder sua essência.
Pergunte-se:
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Onde esse controle me protegeu no passado?
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O que eu poderia ganhar se fosse mais flexível agora?
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Existe uma forma de manter meus valores sem me fechar para o outro?
Ser flexível é ampliar possibilidades.
É entender que mudar de ideia, escutar, ajustar rotas — tudo isso também é força.
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